Investing.com - Com a chegada de mais uma temporada de balanços em Wall Street, analistas do Barclays (LON:BARC) decidiram enviar uma nota aos investidores na segunda-feira, 10, elencando seis empresas americanas do setor automotivo e de mobilidade que podem melhorar suas projeções para 2023. No entanto, alertaram que, embora haja estabilidade no setor, os investidores devem estar atentos às “expectativas elevadas” para os próximos resultados financeiros.
Ford Motor (NYSE:F): Os analistas disseram que tanto a Ford quanto a GM devem registrar força por um período prolongado, com melhor poder de precificação e volumes de vendas. Embora esperem resultados acima do esperado e revisão positiva para ambas as empresas, "a expectativa está bastante alta para a métrica de lucro por ação". Focando especificamente na Ford, os analistas afirmaram que a expectativa do mercado está, em grande parte, concentrada no aumento de projeções para 2023, considerando um ambiente da indústria melhor do que o esperado. "Enquanto a projeção atual para o EBIT de 2023 é de US$ 9-11 bilhões, acreditamos que a estimativa possa ser elevada para US$ 10-12 bilhões, com o ponto médio alinhado com a nossa avaliação revisada para 2023, embora à frente do consenso de US$ 10,2 bilhões", afirmaram.
General Motors (NYSE:GM): Já em relação à GM, eles explicaram que a empresa revisou para baixo os volumes segundo trimestre, mas os ajustes foram modestos, "com GMNA agora esperando +9% em comparação com a previsão de abril de +11%, incluindo uma ligeira revisão para baixo do T1XX". No que se refere ao próximo anúncio de resultados, o Barclays se posiciona acima do consenso em relação ao lucro por ação do segundo trimestre, prevendo US$ 2,07 em comparação com o consenso de US$ 1,75. Sobre as projeções, os estrategistas do banco observaram que, embora a empresa tenha aumentado suas projeções para 2023 na teleconferência do primeiro trimestre, acreditam que a força nas condições da indústria justifica um novo aumento nas projeções.
Adient (NYSE:ADNT): A expectativa é que a empresa supere as expectativas, com mercados finais mais sólidos e menores pressões inflacionárias. Os analistas observaram que as expectativas estão relativamente baixas e que, caso a Adient supere as expectativas do consenso, isso pode servir como base para um aumento nas projeções para o ano fiscal de 2023. O Barclays espera um aumento nas projeções da Adient, com base principalmente em uma perspectiva de receita mais alta em um ambiente de LVP (Vendas Leves de Veículos) mais forte.
Aptiv (NYSE:APTV): Segundo o Barclays, há grande expectativa de que a Aptiv eleve as projeções na próxima teleconferência de resultados. A possibilidade de os números ficarem aquém do esperado, no entanto, está gerando certa cautela em parte do mercado, na visão dos analistas, que destacaram que a Aptiv deixou claro que reavaliará suas projeções conservadoras para 2023 antes do segundo semestre, o que levará a um aumento quase certo durante a divulgação dos resultados do segundo trimestre, já que suas projeções atuais são baseadas em uma estimativa de crescimento de -1% para o LVP Global de Veículos Leves.
Dana (NYSE:DAN): No caso da Dana, os analistas explicaram que, caso a empresa apresente resultados acima do esperado no segundo trimestre, é provável que haja um aumento nas projeções para 2023. A estimativa de EBITDA do Barclays para 2023, de US$ 829 milhões, está na parte superior da projeção atual da Dana, que varia de US$ 750M a US$ 850M, e também está à frente do consenso de US$ 811M. Os analistas destacaram que a Dana Inc se beneficiou de uma maior estabilidade na produção, embora uma possível greve do sindicato UAW (United Auto Workers) represente um risco.
Visteon (NASDAQ:VC): Por fim, o Barclays observou que, embora a Visteon tenha feito alguns ajustes em relação às expectativas para as vendas globais de veículos leves, o que implica um aumento nas expectativas para as vendas na Europa, destacaram que as projeções da Visteon para o crescimento global de vendas de veículos leves (GLVP) ainda são modestamente inferiores à projeção do S&P Global (+4,5%), o que a posiciona para um aumento nas projeções.