(Reuters) - O Banco do Brasil (SA:BBAS3) correu para deixar pronto neste final de semana o espaço que normalmente é usado pelo governo para transição da administração federal após eleições presidenciais.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, confirmou nesta quinta-feira que o local da transição está pronto para as equipes de transição, mas afirmou que não será feita uma "inauguração", como se andou dizendo.
"A inauguração é o trabalho. Quando a equipe de transição chegar as instalações estarão lá", afirmou.
Marun confirmou que as equipes de transição por parte do governo Temer já estão definidas e ficarão sob a coordenação do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Reinaldo Fonseca, também participará da transição.
Segundo Marun, o próximo presidente receberá o Palácio do Planalto "em condições imediatas de uso, com computadores, e os dados mais recentes lançados".
"Somos gente madura, estamos absolutamente preparados para oferecer já na transição um processo de pacificação do país, que será a tarefa primordial do próximo presidente", disse.
O chamado centro de transição, uma parte do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, tem sido usado para conversas entre os representantes do governo com mandato perto do fim e os emissários da equipe do presidente que assumirá desde a eleição de 2002, com a transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
O mesmo ocorreu nos anos 2006, 2010 e 2014. O edifício localizado no Setor de Clubes Norte, próximo ao Palácio do Planalto, é usado para encontros de equipes de ministérios e autarquias da administração vigente com representantes do governo eleito para tratar de assuntos como orçamento e outros em andamento.
Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, os responsáveis pela reserva do local tiveram que se apressar nos últimos dias, dada a possibilidade de um desfecho da eleição presidencial ainda no primeiro turno, neste domingo.
"Nunca tinha acontecido (nesse período) de a eleição ter sido resolvida no primeiro turno, então o pessoal teve que se apressar", disse a fonte, que pediu anonimato.
Embora representantes das empresas de pesquisa considerem remota uma definição, admitem que é possível que a eleição desta vez seja definida já no primeiro turno.
Segundo pesquisa de intenção de votos para a corrida presidencial divulgada pelo Ibope na quarta-feira, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tinha 38 por cento dos votos válidos. A eleição presidencial é resolvida no primeiro turno se um candidato tiver metade dos votos válidos mais um voto.[nL2N1WK095]
(Reportagem de Aluísio Alves, em São Paulo, e Lisandra Paraguassu, em Brasília)