Dólar sobe no Brasil com mercado à espera de Galípolo em dia de feriado nos EUA
Investing.com - A Bernstein rebaixou a Ambev para Market Perform, afirmando que a valorização das ações no ano até o momento superou os fundamentos e que as expectativas dos investidores por um dividendo extraordinário em dezembro se tornaram excessivas.
As ações da Ambev subiram 16% este ano e 25% desde as mínimas de fevereiro.
A Bernstein disse que o perfil de longo prazo da empresa continua atrativo devido à sua escala no Brasil, tendências de melhoria na participação de mercado e controle rigoroso de custos, mas o sentimento atual deixa pouco espaço para decepções.
A corretora prevê que os volumes de cerveja no Brasil cairão 3% no quarto trimestre, o que, segundo ela, está cerca de 80 pontos-base abaixo do consenso, após um outubro fraco e um novembro mais frio. Alertou que dezembro também poderia apresentar resultados fracos.
Uma proposta de lei brasileira que imporia um imposto de retenção de 10% sobre dividendos para investidores estrangeiros e alguns domésticos a partir de janeiro alimentou expectativas de um pagamento extraordinário antes do final do ano.
A Bernstein disse que essas esperanças estão impulsionando a recente valorização, mas vê dois cenários desfavoráveis. Ou a Ambev não emite um dividendo especial, o que considera o resultado mais provável, ou o faz e introduz incertezas de médio prazo em torno do tratamento fiscal e da abordagem mais ampla de retorno de caixa da empresa.
A Bernstein manteve seu preço-alvo de R$ 15,5. Afirmou que ainda considera intacta a oportunidade de crescimento de longo prazo da Ambev no Brasil e em outros mercados emergentes, e espera um ponto de entrada mais atrativo quando houver maior visibilidade sobre o desempenho do quarto trimestre, expectativas para 2026 e a estratégia de retorno de capital da empresa a médio prazo.
Para a AB InBev, controladora da Ambev, o imposto proposto sobre dividendos seria um fator moderadamente negativo. A Bernstein estimou o impacto em cerca de US$ 76 milhões em comparação com o fluxo de caixa livre de US$ 11,3 bilhões da AB InBev para 2024.
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