Por Trevor Hunnicutt
FILADÉLFIA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira não achar provável que os trabalhadores das três grandes montadoras do país entrassem em greve, apesar do prazo final do contrato que se aproxima no final deste mês.
"Não estou preocupado com uma greve", disse o presidente norte-americano nesta segunda-feira, ao chegar à Filadélfia antes de um discurso sobre o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. "Não acho que isso vá acontecer."
No final do mês passado, o sindicato United Auto Workers (UAW) informou que seus membros votaram de forma esmagadora a favor da autorização de uma paralisação nas três montadoras de Detroit, caso não se chegue a um acordo antes do vencimento do atual contrato de quatro anos, em 14 de setembro.
Uma greve do sindicato não é uma certeza. Mas os ganhos substanciais em salários e benefícios exigidos pelo presidente do UAW, Shawn Fain, e a intensidade da campanha que o sindicato montou, fizeram com que alguns executivos e analistas do setor de Detroit se preparassem para greves em setembro.
O National Labor Relations Board (Conselho Nacional de Relações Trabalhistas) disse na sexta-feira que abrirá uma investigação sobre as alegações do UAW de que a General Motors (NYSE:GM) e a Stellantis (NYSE:STLA), controladora da Chrysler, não estavam negociando de boa fé, alegações que as montadoras negam.
Separadamente, a Ford (NYSE:F) disse na quinta-feira que ofereceu um aumento salarial de 9% até 2027, muito abaixo do aumento salarial de 46% almejado pelo sindicato.
O UAW realizou uma greve de 42 dias contra a GM em 2019 antes de chegar a um novo contrato.