Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) ganhavam 5,12% às 14h41 (horário de Brasília) desta quarta-feira, cotadas a U$ 181,21, depois de a empresa superar as estimativas para o quarto trimestre e prometer canalizar sua onda de fluxos de caixa, resultado da sua vacina contra a Covid-19, para a pesquisa de terapias semelhantes para oncologia e outras doenças infecciosas. O BDR da ação subia 5,42%, a R$108,58.
O ativo também foi fortalecido pelo anúncio de dividendos especiais de € 2 por ação e uma provável recompra de até US$ 1,5 bilhão em ações. A empresa espera autorizar o plano de recompra de ações, que será executado ao longo de dois anos.
Na visão da companhia, sua vacina contra a Covid-19 deve gerar vendas entre € 13 bilhões e € 17 bilhões. Esse valor é inferior aos € 19 bilhões que a empresa contabilizou em 2021, indicando uma ligeira desaceleração na procura, pois grande parte da população mundial já foi vacinada com pelo menos uma dose. O vírus também deve perder força após a maior parte do globo ter atravessado ao menos dois surtos desde 2020.
A receita no trimestre final foi 16 vezes mais alta, a € 5,53 bilhões, aproveitando a tecnologia exclusiva de mRNA na vacina da empresa, que salvou milhões de vidas em todo o mundo. Nos termos de acordos de colaboração em vigor, diferentes regiões geográficas foram alocadas entre a BioNTech, a Pfizer (NYSE:PFE) e a Fosun Pharma (HK:2196) com base em direitos de marketing e distribuição. Os lucros brutos são divididos entre as empresas.
Em meados de março, a BioNTech e a Pfizer tinham contratos para encomendas de 2,4 bilhões de doses para 2022, como informou a empresa em uma nota de imprensa. No início deste mês, elas já haviam entregados mais de 3,1 bilhões de doses da BNT162b2 para mais de 170 países.
O lucro líquido no trimestre foi de € 3,16 bilhões.
A empresa disse que está desenvolvendo próxima geração de vacinas para Covid-19, ao mesmo tempo que alavanca integralmente o potencial de todas as plataformas tecnológicas para combater doenças autoimunes, inflamatórias, cardiovasculares e neurodegenerativas, além de medicamentos regenerativos.