Investing.com – A Black Friday é uma das principais datas comemorativas do varejo, sendo um momento chave para definir o tom dos balanços do último trimestre do ano. Moda, eletrônicos e cosméticos ganham destaque, principalmente em plataformas como Amazon (NASDAQ:AMZN), Shopee, Shein, Magalu e Mercado Livre (NASDAQ:MELI). Segundo estudo da Olist, a projeção de movimentação econômica gira em torno de R$6 bilhões nesta edição, marcada para 24 de novembro. Com a proximidade da próxima Black Friday de 2023, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) divulgou relatório aos clientes e ao mercado em que aponta as expectativas para essa época e eventuais repercussões para o varejo.
Segundo os analistas Danniela Eiger e Gustavo Senday, “as pesquisas dão sinalizações positivas para a performance do evento, com os consumidores demonstrando uma intenção de fazer compras este ano”. Ainda, a base de comparação é fácil, avalia a XP, pois a Black Friday de 2022 ocorreu em meio à Copa do Mundo.
“No entanto, é importante chamar atenção que o consumo segue pressionado pelo alto endividamento das famílias, em 77% em setembro de 2023, de acordo com a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC, combinado a taxa de juros e inflação ainda elevadas”, ponderam os analistas.
A nível local, Black Friday ganha destaque para companhias como Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Grupo Casas Bahia (BVMF:BHIA3), mais voltadas para vendas de eletrônicos e eletrodomésticos, mas empresas de varejo de moda, como Lojas Renner (BVMF:LREN3), Arezzo (BVMF:ARZZ3), Grupo Soma (BVMF:SOMA3) e de cosméticos, como Natura (BVMF:NTCO3), passam a ganhar mais relevância, segundo a XP.
A XP alerta para atenção a respeito da preferência dos consumidores verificada nas pesquisas, sendo as plataformas estrangeiras, como a Shopee e Shein entre as principais três opções, o que seria um risco para as varejistas brasileiras, diante da adesão das asiáticas ao programa Remessa Conforme.