A Black Friday deste ano tem tudo para bater recorde em vendas, mas há risco de o consumidor se frustrar com os descontos, advertem especialistas. Por causa do aumento de custos e da menor disponibilidade de produtos acabados pela falta de matérias-primas, a perspectiva é que os abatimentos sejam menores, em média, comparados aos de outros anos.
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Pesquisa da Sociedade Brasileira de Consumo e Varejo (SBVC) em parceria com a Offerwise feita com 600 pessoas revela que 100% dos entrevistados pretendem ir às compras na Black Friday. A intenção é gastar, em média, R$ 1.728,32, uma cifra 30% maior que em 2019.
O presidente da SBVC, Eduardo Terra, lembra, no entanto, que várias pesquisas têm apontado que as indústrias enfrentam problemas de falta de insumos e aumentos de custos de matérias primas nos últimos meses. "Os produtos têm chegado com mais dificuldade no varejo e a tendência é desta Black Friday não ser tão promocional", prevê.
A tendência é confirmada por estudo feito para empresa de pesquisa GFK. Na Black Friday do ano passado, 56% das unidades vendidas de itens eletroeletrônicos tiveram descontos acima de 5%. Para este ano, a expectativa é que entre 40% a 42% das unidades tenham esse abatimento. Segundo o presidente da GFK, Felipe Mendes, entre maio e agosto deste ano, as quantidades de eletroeletrônicos vendidos com descontos, para diversas faixas - de 5% a 30%- , equivalem a um terço do volume em promoção do mesmo período de 2019.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.