Por Eric M. Johnson e Tim) Hepher
(Reuters) - A Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) revisou para cima suas previsões de demanda de longo prazo nesta terça-feira, com a volta das viagens aéreas comerciais em mercados domésticos como os Estados Unidos amenizando as projeções mais negativas do setor vistas no auge dos lockdowns no ano passado, para conter o coronavírus.
A visão mais otimista sustenta os movimentos da gigante aeroespacial na preparação para o crescimento da demanda por viagens e serviços militares, mesmo que sua própria capacidade de responder às perspectivas mais otimistas permaneça prejudicada por atrasos na indústria e a persistente crise do 737 MAX.
A fabricante de aviões norte-americana, que domina as vendas de jatos junto com a europeia Airbus (PA:AIR), prevê 43.610 entregas de jatos comerciais nos próximos 20 anos no valor de 7,2 trilhões de dólares, um aumento de 500 unidades das 43.110 projetadas um ano atrás.
Em uma visão de curto prazo de 10 anos, que é mais sensível às consequências severas da pandemia de Covid-19 sobre as companhias aéreas, a Boeing prevê 19.330 entregas, número acima da previsão do ano passado de 18.350.
A projeção de 10 anos é 6% inferior à publicada em 2019, mas a queda em relação aos níveis pré-crise recuou dos 11% previstos um ano atrás.
"Uma das razões mais fortes para a confiança é a rapidez com que vimos uma recuperação nas viagens domésticas nos últimos 12 meses", disse o diretor de estratégia da Boeing, Marc Allen, a repórteres.
A Boeing prevê voos domésticos em níveis pré-crise em 2022, seguidos por tráfego regional em 2023 e internacional em 2024.
A demanda por aviões é vista como um termômetro para a economia em geral. A Boeing elevou sua premissa para o crescimento econômico mundial médio de 2,5% para 2,7% no ano em relação à previsão do ano passado.
A Boeing e outros fabricantes de aviões estão prevendo que a pressão ambiental e a Covid-19 acelerarão a retirada de jatos, abrindo espaço para novos aviões no mercado.
Mas vários analistas levantaram preocupações sobre a disseminação imprevisível de variantes do coronavírus e restrições de viagens em andamento, mesmo com o constante aumento das taxas de vacinação.