Investing.com - O mercado recebeu bem o já antecipado aumento nas metas de déficit até 2020 com pacto de contenção de gastos, mas foi surpreendido positivamente pela decisão da S&P de colocar o país em revisão para downgrade de nota, adiando o rebaixamento.
O Ibovespa Futuros sob 0,4% para 69.622 pontos e indica sequência da alta de ontem do Ibovespa, que fechou a 68.355 pontos.
Após seguidos adiamentos, os ministros Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira informaram que a meta passa a ser de R$ 159 bilhões de déficit em 2017 e 2018, contra números anteriores de R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões.
Para os anos seguintes a revisão foi ainda maior, de R$ 65 bilhões negativos para R$ 139 bilhões em 2019 e de superávit de R$ 10 bilhões em 2020 para novo rombo de R$ 65 bilhões. Ao todo, o governo aumentou em R$ 189 bilhões a expectativa de déficit nos quatro anos projetados.
Ainda durante a apresentação dos ministros, a S&P fez um movimento que não havia sido antecipado pelo mercado e piorou a perspectiva da nota soberana brasileira ao passar de observação negativa para viés de downgrade. Apesar de ser um movimento na direção do rebaixamento, a leitura é de que a agência deu mais tempo ao país para acertar suas contas antes de cortar a nota.
O aumento das metas veio com um pacote de gastos com foco no funcionalismo e um arranjo político para passar medidas de aumento de arrecadação no Congresso, além da tributação de fundos exclusivos.
A área política do governo tentará ler hoje a medida provisória da TLP em comissão mista, com expectativa de votação na próxima terça-feira. No início de setembro, a medida caduca.
Outra frente de esforço do governo deverá ser a adequação do Refis e a reoneração da folha para aumentar a arrecadação, além de seguir na busca por votos para a reforma da Previdência.
Commodities
O petróleo opera em leve alta de 0,2% a US$ 47,65 o barril, em Nova York, e de 0,3% para US$ 51 o barril no Brent, em Londres, na expectativa por nova queda dos estoques de petróleo dos EUA, que serão divulgados às 11h30.
O minério de ferro cedeu 0,4% para 524 iuanes a tonelada no contrato mais negociado na bolsa de Dalian, enquanto a entrega spot em Qingdao recuou 1% para US$ 73 a tonelada.
Mundo corporativo
A Braskem (SA:BRKM5) registrou lucro líquido consolidado no segundo trimestre de R$ 1,142 bilhão, um salto de 316% em relação ao lucro de R$ 275 milhões registrado mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado foi de R$ 3,029 bilhões, alta de 1%.
O conselho de administração do Magazine Luiza (SA:MGLU3) aprovou o desdobramento da totalidade das ações ordinárias da companhia, com o objetivo de aumentar a liquidez dos papéis e torná-los mais acessíveis aos investidores. A ação ordinária da empresa, que fechou cotada R$ 454,26 reais na terça-feira, será desdobrada em oito papéis da mesma espécie, e sem modificação no capital social da empresa.
A Petrobras (SA:PETR4) reportou produção média de petróleo no Brasil em julho de 2,12 milhões de barris por dia, uma queda de 3,3% na comparação com a produção de julho. A produção total de petróleo e gás natural em julho foi de 2,74 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 2,63 milhões de boed produzidos no Brasil.
Com Reuters