As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 10, após dados fracos de inflação da China alimentarem expectativas de novas medidas de estímulos.
Nos mercados chineses, o índice Xangai Composto subiu 0,22%, a 3.203,70 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,32%, a 2.036,83 pontos.
Dados oficiais mostraram que o índice de preços ao produtor (PPI, pela sigla em inglês) da China teve queda anual de 5,4% em junho, bem maior do que o declínio de 4,6% de maio. Já o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês, também na comparação anual, ficou estável em junho, depois de avançar 0,2% no mês anterior.
Os números de inflação são o último indício de que a recuperação chinesa está perdendo força, após um salto inicial no crescimento que veio após o fim de restrições motivadas pela covid-19, em dezembro do ano passado. A fraqueza dos dados, contudo, também gera esperanças de que Pequim seja mais agressivo na adoção de estímulos econômicos.
Em nota a clientes, economistas do banco Mizuho (NYSE:MFG) previram "mais relaxamento monetário" na China "por meio de cortes tanto em compulsórios bancários quanto em taxas de juros, assim como apoio fiscal direcionado, para ajudar empreendimentos industriais".
Acompanhando a China continental, o Hang Seng também garantiu desempenho positivo em Hong Kong hoje, com alta de 0,62%, a 18.479,72 pontos.
Em outras partes da Ásia, porém, o dia foi de perdas: o japonês Nikkei caiu 0,61% em Tóquio, a 32.189,73 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,24% em Seul, a 2.520,70 pontos, em seu quinto pregão consecutivo de perdas, e o Taiex registrou ligeira baixa de 0,07% em Taiwan, a 16.652,80 pontos.
No cenário geopolítico, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, concluiu no fim de semana uma visita oficial à China sem avanços significativos, embora tenha classificado as conversas bilaterais como "diretas" e "produtivas".
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho na esteira dos dados chineses. O S&P/ASX 200 caiu 0,54% em Sydney, a 7.004.00 pontos, atingindo o menor patamar desde 27 de março. *Com informações da Dow Jones Newswires.