As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 10, em sessão marcada por divulgação de balanços, falas de autoridades e com dados do CPI dos Estados Unidos favorecendo os resultados.
O índice pan-europeu Stoxx 600 aumentava 2,75%, a 431,89 pontos, às 13h57 (de Brasília). Já em Londres, o FTSE 100, subiu 1,08%, a 7.375,34 pontos, enquanto o CAC 50, em Paris, avançou 1,96%, a 6.556,83 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 2,58%, a 24.394,28 pontos.
Já em Madri, o índice IBEX 35 subiu 1,15%, a 8.133,20 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta 3,51%, a 14.146,09 pontos. Por fim, na bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 0,80%, a 5.836,29 pontos.
Na agenda corporativa, estão os balanços positivos que aumentaram o apetite para os investidores. Em destaque, está a Astrazeneca, que fechou com alta de cerca de 2,88% ao reverter prejuízo - superando previsões no terceiro trimestre - a Telecom Itália, com alta de 5,79%, e a espanhola Acciona, que fechou com ganhos de quase 4%.
O Banco Central Europeu (BCE) publicou um boletim econômico destacando que as pressões sobre os preços na zona do euro "são evidentes em mais e mais setores", crescentes em parte devido ao impacto dos custos de energia. A instituição avalia que gargalos na oferta "estão gradualmente diminuindo", mas seu impacto segue, o que contribui para a inflação.
Na esteira de Wall Street, os mercados acionários europeus reagiram aos dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que vieram abaixo do previsto por analistas. Segundo análise do CMC Markets, a reação dos mercados europeus ao número "foi instantânea e acentuada, já que os mercados de ações e títulos subiram fortemente, com os rendimentos dos títulos caindo acentuadamente".
Também nesta quinta, os investidores mantiveram no radar falas de autoridades econômicas da europa. Mais cedo, o presidente do Conselho Supervisor do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, afirmou que os bancos da zona do euro "estão em uma posição forte", mas também ressaltou que há "muita incerteza" no quadro econômico atual.
Também nesta quinta, a integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel, destacou que o risco de recessão na Europa aumentou, mas que sua previsão é que, caso haja de fato uma contração econômica, ela "provavelmente não será muito profunda, nem longa".
Segundo relatório da Convera, os mercados da Europa também reagiram de forma positiva às eleições americanas, pelo fato de que a "onda vermelha" (cor do Partido Republicano) prevista não se concretizou.