As bolsas de Nova York fecharam com ganhos nesta terça-feira, 10, após dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) indicarem que a recente escalada dos juros dos Treasuries reduz a urgência de mais aperto monetário. As declarações jogaram temores sobre o conflito entre o grupo palestino Hamas e Israel ao segundo plano.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,40%, a 33.739,30 o S&P 500 avançou 0,52%, a 4.358,24 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,58%, 13.562,84. O setor financeiro figurou entre os destaques do dia, com Goldman Sachs (NYSE:GS) em alta de 0,69%, acompanhado por Citigroup (NYSE:C) (+1,72%) e Bank of America (NYSE:BAC) (+2,66%).
De manhã, o presidente da distrital do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que o banco central norte-americano já alcançou política suficientemente restritiva. Os comentários se somaram a posicionamentos do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, na segunda-feira, sobre a possibilidade de a instituição não ter que voltar a subir a taxa básica, por conta do movimento nos rendimentos longos da renda fixa.
À tarde, o líder da regional de Minneapolis, Neel Kashkari, ecoou o posicionamento, que trouxe alívio aos retornos dos títulos públicos. Assim, as tensões geopolíticas no Oriente Médio saíram do foco nas mesas de operações, o que permitiu correção aos preços do petróleo.
"O risco geopolítico não tende a permanecer por muito tempo nos mercados, mas há muitos impactos de segunda ordem que podem ocorrer nas próximas semanas, meses e anos a partir dos acontecimentos deste fim de semana", disse Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank.