As bolsas de Nova York fecharam em alta robusta nesta terça-feira, 20, e se recuperaram das perdas de ontem, em sessão marcada pela retomada do sentimento de risco nos mercados globais, no dia seguinte ao "sell-off" provocado por temores relacionados à pandemia de covid-19. Entre os destaques negativos do último pregão, bancos e aéreas puxaram o avanço dos índices hoje.
O Dow Jones fechou em alta de 1,62%, aos 34.511,99 pontos, o S&P 500 subiu 1,52%, aos 4.323,06 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,57%, aos 14.498,88 pontos.
Na avaliação da Capital Economics, a recente fraqueza das bolsas nova-iorquinas se explica pelo temor de investidores de que o recrudescimento da crise sanitária, em face da disseminação da variante delta do coronavírus, numa resposta à chamada "negociação de reflação", característica em ambientes de forte apoio monetário.
Contudo, a consultoria britânica diz que ainda não há razão para crer que a nova cepa vai atrasar ou desacelerar a recuperação da economia norte-americana e, por isso, a exemplo de hoje, os mercados acionários devem se recuperar adiante.
Tentando afastar a cautela após forte queda nos juros dos Treasuries, ações do setor financeiro se recuperaram do tombo de ontem, com destaque para Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34) e Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), que subiram 4,20% e 3,28%, respectivamente. Movimento similar ocorreu com papéis de petroleiras, que acompanharam o avanço dos contratos de petróleo. A ExxonMobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) fechou em alta de 1,16% hoje.
Também fortemente penalizadas pela liquidação da segunda-feira, papéis de companhias aéreas e de empresas relacionadas ao setor de viagens tiveram forte avanço hoje. A American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34) teve alta de 8,38%, seguida pela United Airlines (NASDAQ:UAL) (SA:U1AL34), que avançou 6,58%, antes de apresentar seu balanço corporativo do segundo trimestre de 2021. Na esteira das altas no setor, a Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) cresceu 4,91% e retomou o patamar do fechamento da sexta-feira passada.
Entre os poucos destaques negativos do dia, a ação da NVIDIA (NASDAQ:NVDA) (SA:NVDC34), principal fabricante de placas gráficas para computadores pessoais, recuou 0,89%, pressionadas pela queda do bitcoin durante a sessão. O movimento ocorre pois a desaceleração do mercado de criptomoedas sugere lucros menores para a companhia, já que a venda para mineradores dos ativos digitais é uma das suas fontes de receita.