Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em baixa nesta sexta-feira, já que investidores aguardam importantes relatórios econômicos.
O blue chip futuros do Dow caía 32 pontos, ou 0,15%, às 6h52 em horário local (7h52 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 perdiam 5 pontos, ou 0,23%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha baixa de 9 pontos ou 0,16%.
Após o setor de varejo despencar na quinta-feira, já que resultados preocupantes levaram a Macy’s (NYSE:M) a cair 17%, investidores estarão atentos a dados para aferir a força do consumidor no início do segundo trimestre.
O Departamento de Comércio publicará dados sobre vendas no varejo de abril às 09h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira. O consenso das previsões é de que o relatório mostrará que as vendas no varejo subiram 0,6% no último mês, recuperando-se após duas reduções seguidas.
O núcleo das vendas no varejo deve subir 0,5% após permanecer estável no mês anterior.
Mercados também estarão muito atentos aos dados preliminares da Universidade de Michigan sobre a percepção do consumidor em maio, previstos para as 11h (horário de Brasília). Espera-se que o índice permaneça estável em 97.
Além dos dados sobre consumo, os mercados também estarão atentos a tendências de preço nesta sexta-feira e avaliarão seu impacto na política monetária do Federal Reserve (Fed).
O Departamento de Comércio também publicará seus números da inflação em abril às 09h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira. Analistas de mercado esperam que os preços ao consumidor subam 0,2%, ao passo que o núcleo da inflação tem projeção de aumento de {ecl-56||0,2%}}.
Em base anual, o núcleo do IPC tem projeção de aumento de 2%. O núcleo dos preços é visto pelo Federal Reserve como uma melhor aferição da pressão inflacionária de longo prazo porque exclui as categorias voláteis de alimentação e energia. O banco central tenta normalmente chegar a 2% no núcleo da inflação ou menos.
Sinais de melhoras na economia ou no ambiente inflacionário provavelmente sustentariam o dólar, intensificando clamores para que o Federal Reserve eleve a taxa de juros em junho.
De acordo com Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com, futuros dos fundos do Fed apostam que há cerca de 74% de chances de que o próximo aumento da taxa de juros ocorra em junho, ao passo que as apostas de mais dois aumentos até o fim do ano flutuam em torno do patamar de 50% de probabilidade.
Com relação às atividades empresariais, varejistas continuam em foco pois as ações da Nordstrom (NYSE:JWN) caíram 4% após o fechamento de quinta-feira, já que a cadeia de lojas de departamento relatou uma queda nas vendas comparáveis de 0,8% no primeiro trimestre, maior do que o esperado.
A rival JC Penney (NYSE:JCP) deve relatar resultados antes da abertura na sexta-feira.
Ainda sobre empresas, a Sprint (NYSE:S) e sua acionista majoritária SoftBank iniciaram diálogos preliminares sobre fusão com a T-Mobile US Inc (NASDAQ:TMUS), informou a Bloomberg nesta sexta-feira, citando pessoas familiares com o assunto como fonte.
Enquanto isso, o petróleo recuava nesta sexta-feira pois os investidores colhiam os lucros após duas sessões de fortes ganhos que deixaram o ouro negro no caminho de ganhos de 3% na semana.
O petróleo ainda caminhava para ganhos de 3% nesta semana com sustentação de grande retirada nos estoques norte-americanos e com o Iraque e a Argélia elevando as esperanças de que o acordo de corte na produção conduzido pela OPEP possa ser estendido para além de junho após estes países afirmarem que apoiariam uma extensão do pacto.
Agentes de mercado tinham cautela nesta sexta-feira antes de novos dados da atividade de extração nos EUA esta semana e com preocupações constantes de que o aumento da produção norte-americana possa afetar as tentativas da OPEP de reduzir o excesso global de abastecimento.
Na semana passada, dados da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, revelaram que o número de sondas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou em 6 para {ecl-1652||703}}, o décimo sexto aumento semanal seguido.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,23%, atingindo US$ 47,72 às 6h53 em horário local (7h53 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,12%, com o barril negociado a US$ 50,71.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias registravam ganhos tímidos, já que dados preliminares mostraram que o PIB da Alemanha subiu 0,6% no primeiro trimestre, superando aumentos menores vistos nos EUA, Reino Unido e França.
Entretanto, uma leitura em março menor do que se esperava sobre a produção industrial na zona do euro reduziu o entusiasmo.
Mais cedo, as bolsas asiáticas recuaram da máxima de quase dois anos nesta sexta-feira, porém o Shanghai Composite quebrou a tendência geral, reduzindo sua quinta queda semanal.