Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - O índice acionário S&P 500 teve o pior declínio diário desde abril nesta quinta-feira, encerrando julho com a primeira queda mensal desde janeiro, pressionado por temores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar juros antes do esperado.
Dados que mostraram que os custos do trabalho nos Estados Unidos tiveram o maior ganho em mais de cinco anos e meio no segundo trimestre vieram um dia depois que o Fed atualizou suas avaliações sobre a economia e reiterou que não estava com pressa para aumentar juros.
Problemas em outras economias contribuíram para o mau desempenho do pregão, com a Argentina entrando em default pela segunda vez em 12 anos.
"Se começarmos a ver os salários subindo isso é um sinal de que estamos chegando perto das metas do Fed", disse Quincy Krosby, estrategista de mercado da Prudential Financial, em Nova Jersey.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,88 por cento, a 16.563 pontos, o S&P 500 recuou 2 por cento, a 1.930 pontos, e o Nasdaq teve desvalorização de 2,09 por cento, a 4.369 pontos.
Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq tiveram a maior queda diária desde 10 de abril. Já o Dow Jones teve o maior recuo desde 3 de fevereiro.
Em um sinal de novas perdas adiante, o S&P 500 fechou abaixo da média móvel de 50 dias pela primeira vez desde 15 de abril.
Todos os 10 setores do S&P 500 encerraram em queda nesta quinta-feira, com energia recuando 2,4 por cento e liderando a baixa. A Exxon Mobil divulgou resultado trimestral acima das expectativas, mas as ações da empresa caíram 4,2 por cento.
Enquanto isso, o índice de volatilidade CBOE saltou para o nível mais alto desde abril.
Em julho, o Dow caiu 1,6 por cento, o S&P 500 perdeu 1,5 por cento e o Nasdaq acumulou desvalorização de 0,9 por cento.