Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro será operado na próxima sexta-feira, em São Paulo, para retirada de um cálculo na bexiga, disse neste domingo um dos médicos do presidente, Leandro Echenique.
Bolsonaro deve ser internado na quinta-feira para fazer os preparativos pré-operatórios. A cirurgia deve acontecer no hospital Vila Nova Star, na capital paulista.
"Ele será operado na sexta e ficará no hospital até sábado, no mais tardar, até domingo", disse Echenique à Reuters.
O urologista Miguel Srougi deve ser contatado essa semana para tratar dos detalhes da cirurgia. Ele atua na equipe de Antonio Macedo, um dos médicos do presidente.
"É algo bem mais simples e corriqueiro do que as outras cirurgias", destacou Echenique.
Bolsonaro, de 65 anos, foi operado quatro vezes após ter sido atacado com uma faca em 2018, durante a campanha eleitoral. Primeiro foi atendido em Juiz de Fora (MG), onde ocorreu o ataque. Depois passou por três intervenções em São Paulo, todas lideradas por Macedo, para desobstrução intestinal, retirada de uma colostomia e correção de uma hérnia.
Nesta semana, Macedo disse à Reuters que exames realizados pelo presidente constataram o cálculo.
"O presidente tem um cálculo na bexiga e isso incomoda por que é um corpo estranho que se mexe", disse o médico.
O próprio Bolsonaro já havia afirmado no mês passado que seria submetido a uma cirurgia para retirada do cálculo na bexiga. Segundo ele, a pedra está lá há mais de cinco anos e seria maior que o tamanho de um grão de feijão.
"A cirurgia não tem nada a ver com a facada, é algo paralelo que pode acontecer com qualquer pessoa", disse Macedo. "A barriga dele é muito difícil de abrir, soltar intestino e outros órgãos por conta das inúmeras cirurgias... É algo simples que fica um pouco mais delicado pelo histórico, mas ele fez um check up conosco mês passado e a saúde dele está perfeita", disse.
O período pós-cirúrgico também é considerado simples pelo médico, mas deve exigir um repouso de até cinco dias.
"Vai precisar de um certo resguardo e depois toca a vida. Não dá para ter muitas reuniões e fazer movimentações e deslocamentos. Não precisa ficar de cama, mas não poderá fazer esforço", concluiu Macedo.
(Edição de Aluísio Alves)