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Bovespa fecha na mínima em 5 meses por temor de aumento de tributação de empresas e bancos

Publicado 12.08.2015, 18:09
Atualizado 12.08.2015, 18:16
© Reuters.  Bovespa fecha na mínima em 5 meses por temor de aumento de tributação de empresas e bancos
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou na mínima em cinco meses nesta quarta-feira, em meio a temores de aumento da tributação de empresas e bancos, o que ofuscou a decisão da Moody's de, apesar de cortar o rating soberano do Brasil, melhorar a perspectiva da nota do país para estável.

Dados econômicos da China e novo enfraquecimento do iuan contra o dólar também seguiram no radar, assim como resultados corporativos domésticos.

O Ibovespa caiu 1,39 por cento, a 48.388 pontos. O giro financeiro totalizou 17,5 bilhões de reais, inflado pelo exercício dos contratos de opções sobre o Ibovespa e operações ligadas ao vencimento do índice futuro nesta sessão.

A apreensão de agentes financeiros com a possibilidade de aumento da tributação foi reforçada pela proposta da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) de um aumento ainda maior da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, em seu parecer sobre a Medida Provisória 675 que trata do assunto.

Em relatório à comissão mista do Congresso que avalia a MP 675, Gleise propôs a elevação da alíquota da CSLL de 15 para 23 por cento, ante 20 por cento estabelecido na MP. A senadora também sugere que o benefício fiscal de Juros sobre Capital Próprio (JCP) para empresas seja eliminado de forma gradual até 2017.

O documento estava previsto para ser apresentado nesta quarta-feira à comissão, mas, por falta de quórum, a leitura do parecer foi adiada para a quinta-feira.

A volta desse assunto à pauta deixou em segundo plano a decisão da agência de classificação de risco Moody's de rebaixar o rating soberano do Brasil para a última nota dentro da faixa considerada como grau de investimento, mas melhorar a perspectiva da nota para "estável" ante "negativa".

O ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, hoje à frente da área de economia do Banco Plural, disse em nota a clientes que foi uma surpresa positiva levando em conta as circunstâncias atuais, uma vez que havia rumores no mercado de um corte duplo na nota, enquanto ele esperava um corte simples, com perspectiva negativa.

"Era para a Bovespa ter um dia melhor hoje com a ajuda da Moody's. Mas (as informações da) CSLL e JCP atrapalharam", avaliou o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital.

DESTAQUES

=BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO despencaram ao redor de 3 por cento, em meio às renovadas preocupações com a possibilidade de aumento da carga tributária do setor bancário via aumento de CSLL e fim de JCP. BANCO DO BRASIL desabou mais de 4 por cento e SANTANDER BRASIL recuou 1,43 por cento, assim como outros papéis do setor financeiro. A BB (SA:BBAS3) SEGURIDADE caiu mais de 4 por cento, embora seja vista como menos afetada por que sua corretora não seria impactada. Em teleconferência nesta quarta-feira, executivos disseram que a empresa de seguros e previdência deve seguir crescendo acima do mercado em 2016.

=AMBEV caiu 3,63 por cento, uma vez que seria uma das empresas mais afetadas por um eventual fim do benefício fiscal via o mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), segundo avaliação de analistas. No mesmo sentido, TELEFÔNICA BRASIL recuou 5,27 por cento. Relatório anterior do Credit Suisse apontava Ambev (SA:ABEV3) e a operadora da marca Vivo como as principais empresas que poderiam aumentar o endividamento com o fim do mecanismo de JCP.

=GERDAU não sustentou os ganhos da abertura e fechou em queda de 1,02 por cento, após seu lucro recuar 32,6 por cento no segundo trimestre sobre um ano antes. O Ebitda somou 1,184 bilhão de reais, ligeira alta de 1,2 por cento na mesma base de comparação. O BTG Pactual (SA:BBTG11) considerou o resultado sólido, dada a crise da indústria do aço, e que em termos gerais o grupo siderúrgico "está conseguindo navegar a crise de forma muito mais defensiva" que suas concorrentes.

=KROTON subiu 3,74 por cento, destoando da tendência negativa na Bovespa, após divulgar alta de quase 80 por cento no lucro líquido ajustado no segundo trimestre, impulsionado pelo avanço das receitas com a contabilização da aquisição da Anhanguera (SA:AEDU3). O Itaú BBA classificou de "robustos" os resultados do segundo trimestre, destacando a geração positiva de caixa, que "realça o desempenho operacional superior da Kroton em uma base relativa".

=MARFRIG avançou 4,70 por cento, após divulgar queda do prejuízo no segundo trimestre para 6,1 milhões de reais, enquanto o Ebitda cresceu 68,3 por cento na base anual. O Credit Suisse avaliou como forte o resultado da empresa de alimentos, com destaque para a expansão da margem Ebitda, com ajuda de um real mais fraco. Os analistas da casa também chamaram a atenção para a geração de caixa no período, o que colaborou com a redução do endividamento. No setor, JBS avançou 2,22 por cento.

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