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Bovespa firma-se em queda após bater recorde; investidor espera de detalhes do novo governo

Publicado 29.10.2018, 14:42
© Reuters. Traders trabalham na corretora Spinelli investHB em São Paulo
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa firmava-se em queda na tarde desta segunda-feira, após bater recorde intradia mais cedo, com investidores realizando lucros à espera de definições sobre os próximos passos do novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Às 14:35, o Ibovespa caía 0,1 por cento, a 85.631,51 pontos. Na máxima, subiu 3,10 por cento, para 88.377,16 pontos, superando o recorde anterior, de 88.317,83 pontos, apurado em fevereiro deste ano.

O volume financeiro do pregão somava 15,4 bilhões de reais.

A abertura mais positiva encontrou suporte na expectativa do mercado de que Bolsonaro formará uma equipe econômica liberal e reformista, liderada pelo economista Paulo Guedes, mas agentes financeiros agora querem mais detalhes.

Para o gestor Igor Lima, da Galt Capital, o declínio trata-se de uma realização técnica, com muitos realizando lucros sem ter a contrapartida de grandes compradores, principalmente estrangeiros, que tendem a voltar aos poucos.

Até a sexta-feira, o Ibovespa acumulava alta de 8 por cento em outubro, mês marcado por forte saída de capital externo do segmento Bovespa, após entradas líquidas nos três meses anteriores.

"O mercado está esperando esclarecimentos sobre quem fará parte do primeiro escalão do novo governo e quais serão as primeiras medidas", acrescentou o gestor Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital.

O deputado federal reeleito e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou na manhã desta segunda-feira que Bolsonaro fará uma reunião na terça-feira com o grupo de auxiliares mais próximos no Rio de Janeiro para dar as "diretrizes" do governo e destacou que a equipe de transição vai começar a trabalhar somente na semana que vem, no Centro de Convenções do Banco do Brasil (SA:BBAS3) (CCBB) em Brasília.

O gestor Marco Tulli, da corretora Coinvalores, disse que mercado perdeu força com investidores que tinham se posicionado na compra na sexta-feira zerando suas posições, mas ele não descarta melhora, com o declínio atraindo novos compradores.

Bolsonaro, do PSL, derrotou o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da eleição com 55,1 por cento dos votos válidos contra 44,9 por cento de seu oponente, com 99,99 por cento das seções eleitorais apuradas.

DESTAQUES

- VALE (SA:VALE3) cedia 2,64 por cento, pesando no Ibovespa em razão da participação relevante na composição do índice, em ajustes de posições, uma vez que a ação da mineradora era um dos papéis usados como 'hedge' para a volatilidade eleitoral.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) cedia 3 por cento, em sessão volátil, após subir mais de 4 por cento, a 28,74 reais, maior cotação intradia desde abril de 2010. Na domingo, A XP Investimentos elevou a recomendação para as ações para 'compra' ante 'neutra'. PETROBRAS ON (SA:PETR3) caía 2,2 por cento. As ações ainda acumulam altas ao redor de 65 e 70 por cento no ano, respectivamente.

- BANCO DO BRASIL subia 1,25 por cento, afastando-se da máxima da sessão, quando atingiu maior cotação intradia da história, a 44,50 reais, em alta de 4,9 por cento. A ação do banco de controle estatal, que teve recomendação elevada para 'compra' pela XP Investimentos, acumula alta de cerca de 40 por cento em 2018. ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4), que divulga balanço após o fechamento, cedia 0,27 por cento.

- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) recuava 1,54 por cento e ELETROBRAS ON (SA:ELET3) perdia 0,99 por cento, também se afastando das máximas da sessão registradas no começo do pregão.

- CEMIG PN (SA:CMIG4) cedia 4,81 por cento, após subir 3,4 por cento no começo do pregão, para o maior nível desde maio de 2015, reagindo ao resultado eleitoral, com a vitória de Romeu Zema, do Partido Novo, de perfil liberal e favorável à privatização da companhia, para o governo de Minas Gerais. Até a sexta-feira, as ações subiam 68 por cento apenas em outubro.

- KLABIN UNIT (SA:KLBN11) recuava 1,27 por cento, apesar da fabricante de papel e celulose ter divulgado nesta segunda-feira resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,25 bilhão de reais ante 750 milhões de reais um ano antes. Analistas do Itaú BBA consideraram o resultado forte.

- HYPERA perdia 0,84 por cento, mesmo após o grupo farmacêutico reportar lucro líquido de 244,5 milhões no terceiro trimestre, aumento de 17,6 por cento ante mesma etapa de 2017, em resultado apoiado por maiores vendas de medicamentos genéricos e menor volume de impostos pagos. A equipe da Mirae considerou o resultado bom.

© Reuters. Traders trabalham na corretora Spinelli investHB em São Paulo

- TIM e TELEFÔNICA BRASIL PN (SA:VIVT4) subiam 3,29 e 3,24 por cento, respectivamente, entre as maiores altas do Ibovespa, uma vez que se trata de setor mais defensivo e os papéis vinham acumulando perdas no ano, com TIM em queda de cerca de 15 por cento e Vivo recuando quase 13 por cento.

(Por Paula Arend Laier)

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