Investing.com - O Ibovespa abriu em forte alta nesta sexta-feira após a divulgação dos dados mais fracos de emprego nos EUA, o que enfraquece as apostas por juros mais altos no país. O índice avança 1,5% e retorna ao patamar de 59 mil pontos perdidos na semana passada.
Os mercados passaram a semana aguardando a divulgação dos dados de empregos urbanos nos EUA, divulgado na manhã de hoje. O ritmo de abertura de vagas no país reduziu para 151 mil novos postos de trabalho em agosto, contra uma previsão de 180 mil vagas, segundo pesquisa da Reuters. No mês anterior, foram criados 275 mil novos postos.
Com os dados mais fracos da economia, a expectativa é que a pressão por aumentos de juros nos EUA diminua, em um movimento que desvaloriza o dólar e aumenta a procura por ativos de risco como ações. Segundo o Fed Watch Tool, do Investing.com, as apostas para alta de juros em setembro caíram de 24% para 21% hoje.
A Petrobras (SA:PETR4) dispara 5% no pregão desta sexta-feira em meio a notícias positivas de grande adesão ao PDV e a valorização do petróleo no mercado internacional. A commodity sobe 2% com o enfraquecimento do dólar e a declaração do presidente da Rússia Vladimir Putin de que apoia o acordo de congelamento da produção. Ontem, as ADRs da empresa tiveram sua recomendação e preço-alvo elevados pelo BTG.
A Vale (SA:VALE5) engata nova alta, de 1,5%, superando o difícil início da semana com duas fortes perdas. Na China, o minério de ferro pôs fim a sequência de quedas e valorizou quase 1%, retornando aos US$ 59/t. A Bradespar (SA:BRAP4) sobe 1,7%.
As siderúrgicas também aproveitam o bom momento da bolsa e a Usiminas (SA:USIM5) lidera as altas do Ibovespa com ganhos de quase 7%. CSN (SA:CSNA3) ganha 3%, seguida por Gerdau (SA:GGBR4) (+2,5%) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) (+2%).
O dia é positivo para os principais bancos do país, que obtém boa valorização no pregão, puxada pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4) com +3%. Itaú (SA:ITUB4) avança 2%, enquanto o Itausa (SA:ITSA4) e o Santander (SA:SANB11) sobem 1%.
A queda do dólar pesa sobre a ação de exportadoras, especialmente de papel e celulose, cujas receitas são fortemente atreladas à moeda. Suzano (SA:SUZB5) recua 2%, Fibria (SA:FIBR3) e Klabin (SA:KLBN4) caem 1,7%.
A Cesp (SA:CESP6) cai 1,2% após ficar de fora do Ibovespa a partir da próxima segunda-feira. A carteira passará a ter 58 ações.
Dólar
A moeda cede 0,2% frente ao real e é negociada a R$ 3,25.