Investing.com - O Ibovespa volta a operar perto da estabilidade após ter iniciado um movimento de correção que levou aos 58.670 por volta de 11h. Às 12h15, o índice operava aos 59.000 pontos.
O clima nos mercados internacionais é de leve correção após dois dias de alta na esteira do comunicado do Fed e da fala de Janet Yellen. Dow 30, S&P 500 e o Nasdaq recuam 0,3%. Na Europa, o ambiente ficou mais negativo com dados fracos da atividade econômica, o que pressionou os índices locais. DAX e CAC 40 caíram 0,5%, enquanto o FTSE 100 perdeu 0,1%.
No ambiente interno, a política voltou ao centro das atenções com a possibilidade de avanço na PEC do teto de gastos com a criação de comissão especial para analisar o tema. A expectativa do presidente da casa, Rodrigo Maia, é levar a proposta para votação no dia 17 de outubro, entre o primeiro e o segundo turnos da corrida eleitoral nos municípios.
A reforma da Previdência também começa a tomar forma pública, segundo manchete do Globo de hoje. De acordo com fontes do jornal, a proposta que será apresentada pelo governo será abrangente, atingindo militares e parlamentares.
No meio econômico, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse ontem em evento que o Copom se debruçará em fatos concretos para avaliar a redução de juros. A fala foi recebida com entusiasmo pelo mercado, que voltou a precificar uma redução na Selic ainda neste ano, relacionando o discurso de Goldfajn com a queda do IPCA-15, divulgada ontem.
Na bolsa brasileira, o grande destaque do dia vem das ações de papel e celulose, que disparam com a recomendação do Itaú BBA. A Fibria (SA:FIBR3) sobe 7,5% e a Suzano (SA:SUZB5) avança 5,5%, recuperando das perdas da semana com a queda do dólar.
A Petrobras (SA:PETR4) realiza um movimento de correção após testar novamente o patamar de R$ 14 ontem, após dias de alta no petróleo. A ação opera com perdas de 0,9%, recuando aos R$ 13,88, acompanhando a commodity, que cede 1%. No radar da empresa, o conselho de administração aprovou a venda de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste para consórcio liderado pela canadense Brookfield por US$ 5,2 bilhões.
Após ter aberto em queda, a Vale (SA:VALE5) virou para alta de mais de 1% em dia positivo para o minério de ferro em Qingdao, que alcançou os US$ 56,79/t, frente aos US$ 56,34/t de ontem. A companhia negou as notícias de que tenha fechado a venda de seus ativos de fertilizante para a Mosaic por US$ 3 bilhões. A Bradespar (SA:BRAP4) opera estável.
As siderúrgicas operam sem direção definida com ganhos de 1% na Gerdau (SA:GGBR4) e de 0,3% na Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), enquanto a Usiminas (SA:USIM5) cede 0,5% e a CSN (SA:CSNA3) opera estável.
O setor financeiro opera com perdas nesta sexta-feira, com perdas de 1% no Banco do Brasil (SA:BBAS3) e de 0,7% no Itausa (SA:ITSA4). Santander (SA:SANB11) recua 0,5% e o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) perde 0,3%. Bradesco (SA:BBDC4) opera estável. A BM&FBovespa (SA:BVMF3) desvaloriza 0,7% mesmo após ter recebido uma boa notícia de adiamento no julgamento do Carf. O órgão só deverá analisar em outubro o caso envolvendo multa de R$ 1,1 bilhão aplicada à empresa por supostas irregularidades fiscais durante a fusão da B&F com a Bovespa em 2008.
Dólar
A moeda volta a operar em queda frente ao real após avançar ao longo da manhã. A divisa é negociada a R$ 3,2188, queda de 0,1%.