A BR Distribuidora (SA:BRDT3) registrou lucro liquido de R$ 3,148 bilhões no quarto trimestre de 2020, ante R$ 96 milhões no mesmo período do ano passado. Em 2020, o lucro líquido somou R$ 3,905 bilhões, alta de 76,6% na comparação com 2019.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 1,616 bilhão, avanço de 70,6% em relação ao quarto trimestre de 2029. Em todo o ano, o Ebitda ajustado atingiu R$ 3,811 bilhões, aumento de 21,7% na comparação com 2019.
Sem o ajuste, o Ebitda ficou em R$ 3,421 bilhões no quarto trimestre de 2020, avanço de 656% em um ano. Em 2020, o Ebitda atingiu R$ 5,103 bilhões, ante R$ 1,841 bilhões em 2019, segundo dados divulgados nesta noite.
A receita líquida no quarto trimestre de 2020 ficou em R$ 24,294 bilhões, avanço de 0,6% na comparação com o mesmo período de 2019. Já em todo o ano de 2020, a receita atingiu R$ 81,501 bilhões, uma queda de 14,2% em relação a 2019.
Na relatório que acompanha os resultados financeiros, a BR explica que o lucro líquido no trimestre ultrapassou os R$ 3 bilhões em razão do reconhecimento do crédito do Pis/Ccofins (+ R$ 647 milhões) e o ganho atuarial pela mudança no plano de saúde da companhia (+ R$ 2,132 bilhões).
A companhia explica que 2020 foi o primeiro ano completo desde a sua privatização e, mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, conseguiu avançar rapidamente em sua agenda de transformação.
"A maior prova de que estamos no caminho certo é que conseguimos entregar já no ano passado a rentabilidade que era esperada apenas para 2021", diz a empresa.
A BR conseguiu um Ebitda unitário de R$ 104/m?, um marco histórico para a Companhia, que nos três anos anteriores à privatização operou com margem média de R$ 66/m?. O resultado será essencial para que a BR siga firme em direção a sua ambição de longo prazo: tornar-se uma companhia cada vez mais relevante nas áreas de energia, mobilidade e conveniência.
A BR diz ainda que não há como avaliar o ano de 2020 sem uma reflexão sobre a pandemia da covid-19, que trouxe profundos impactos no mercado de combustíveis e lubrificantes. A empresa explica que chegou a ver a demanda por alguns de seus principais produtos cair cerca de 85% no início da pandemia, como no caso dos produtos de aviação, e cerca de 60% como no caso do ciclo Otto.
"Nossa resiliência foi colocada à prova. Ao mesmo tempo em que precisávamos manter a agenda de transformações e nosso ecossistema operando, era preciso garantir a segurança de todos os quase 3.400 colaboradores - tanto os que foram para home office quanto os que continuaram na linha de frente", diz a empresa.