SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (SA:BBDC4) teve uma alta robusta do lucro no segundo trimestre, resultado apoiado na aceleração do crédito e nas operações de seguros, que garantiram ao banco a maior rentabilidade em 16 trimestres.
O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira que seu lucro de abril a junho em termos recorrentes subiu 25,2% no comparativo anual, para 6,462 bilhões de reais, número que superou a previsão média de analistas de 6,059 bilhões de reais, segundo dados Refinitiv. Na base contábil, o avanço foi de 33,4%, para 6,042 bilhões de reais.
De um lado, a margem financeira foi turbinada pelo avanço de 8,7% da carteira de crédito expandida em 12 meses, a 560,5 bilhões de reais. Além disso, o resultado das operações de seguros teve incremento de 11,6%, a 3,594 bilhões de reais. Já a receita com tarifas subiu apenas 1,3%, a 8,28 bilhões de reais.
Na outra ponta, a despesa expandida com provisões para perdas com inadimplência somou 3,487 bilhões de reais, queda de 0,1% ano a ano e recuo de 3,2% na base sequencial. Esse número refletiu o controle da qualidade dos empréstimos, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 3,23%, ante 3,27% no final de março e 3,9% um ano antes.
A despesa administrativa evoluiu 6,8% contra o segundo trimestre de 2018, para 10,59 bilhões de reais, com impulso de maiores gastos com pessoal.
Com essa combinação, a rentabilidade atualizada sobre o patrimônio líquido do Bradesco atingiu 20,6%, alta de 0,1 ponto sobre o trimestre anterior e de 2,2 pontos ano a ano, para o pico em quatro anos. Ainda assim, o índice foi menor do que a do Santander Brasil (SA:SANB11), que nesta semana reportou que seu ROE atingiu 21,3% no trimestre.
(Por Gabriela Mello e Aluísio Alves)