BRASÍLIA (Reuters) - O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, afirmou nesta quarta-feira que tanto o Ministério da Economia quando o Banco Central já se pronunciaram sobre necessidade de o Brasil organizar e divulgar melhor sua agenda ambiental e de ações sociais e de governança e que o país continuará avançando nessa frente.
Em coletiva de imprensa, ele reconheceu que esses temas têm se tornado cada vez mais relevantes nas decisões de investimento.
"É relato não só de investidores como de vários gestores de dívida", afirmou.
Por outro lado, Vital afirmou que a saída de estrangeiros da dívida interna é "totalmente explicada" pela pandemia de coronavírus e que "é importante nao misturar os dois assuntos".
Um grupo de 29 empresas globais de investimento que administram 3,7 trilhões de dólares está exigindo reuniões com diplomatas brasileiros em todo o mundo para pedir ao governo do presidente Jair Bolsonaro que detenha o avanço do desmatamento na floresta amazônica.
Os investidores, liderados pela empresa de seguros e pensões norueguesa Storebrand Asset Management, enviaram cartas a embaixadas do Brasil em sete países pedindo reuniões e expressando o receio de que o Brasil esteja eliminando proteções ambientais, de acordo com um comunicado que incluiu uma cópia da carta.
(Por Marcela Ayres; Edição de José de Castro)