Por Gabriel Codas
Investing.com - Em dia de recuperação nos mercados de ações, a BRF (SA:BRFS3) operam com importante valorização. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) entrou com ação judicial pedindo o fechamento de duas plantas de processamento de carne da empresa no Estado, o que eleva preocupações sobre instalações afetadas pela disseminação do novo coronavírus entre funcionários e nas comunidades locais.
Por volta das 11h15, os ativos somavam 3,70% a R$ 19,08.
Promotores gaúchos pediram no processo que as plantas sejam fechadas por ao menos 15 dias, como forma de evitar a propagação do coronavírus e proteger trabalhadores e suas famílias, de acordo com comunicado publicado no site do MP-RS.
Um dos alvos da ação é uma unidade de processamento operada pela BRF em Lajeado. A outra planta é operada no mesmo município por uma empresa não listada.
Ainda não houve decisão judicial sobre o pedido, que ocorre dias após o Ministério Público do Trabalho fechar, em 24 de abril, uma instalação da JBS (SA:JBSS3) pelos mesmos motivos.
A BRF disse à Reuters que não foi notificada do processo.
Em comunicado, a empresa reafirmou seu compromisso com a segurança dos trabalhadores, destacando a obrigatoriedade do uso de máscaras e o respeito ao distanciamento mínimo entre as pessoas nas instalações, além de outras medidas.
O pedido de fechamento das plantas, assinado pelo promotor Sérgio Diefenbach, marca mais um movimento para conter a disseminação do vírus em unidades de processamento de carne no Sul do Brasil, onde há dezenas de instalações de carnes suína e de frango.
Diefenbach disse que o número de casos de coronavírus nos locais sugere que os dois frigoríficos são polos irradiadores de muitas contaminações, os chamados “hotspots”.
“(As ações) respondem ao anseio de alguns prefeitos da região, médicos e técnicos na área de saúde e basicamente à necessidade de preservarmos a saúde e a vida... Havia uma necessidade de manter-se coerência entre os objetivos gerais do Estado e do município”, afirmou o promotor.
“O que dizer, então, das pessoas que passam 6 horas, 8 horas lá dentro, confinadas?”, acrescentou Diefenbach.
*Com contribuição de Reuters