Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Em um processo de ajustar os números para os bancos brasileiros após a temporada de balanços do quarto trimestre e mudanças no cenário macroeconômico, o Safra passou a recomendar Compra para a ação do BTG Pactual (SA:BPAC11), destacando os números do 4T e o follow-on de janeiro.
Além da mudança de recomendação, o Safra também revisou seu preço-alvo para a ação, de R$ 92 para R$ 111. O papel fechou o pregão desta segunda-feira (22) em alta de 1,21%, a R$ 94,70, na contramão do Ibovespa, que terminou o dia em queda de 1,07%, aos 114.979 pontos.
Para o setor bancário no geral, o Safra espera uma boa recuperação dos resultados em 2021, baseado principalmente na redução do custo de crédito. O banco espera ainda crescimento da carteira de crédito e custos operacionais.
Além disso, a tendência de aumento das taxas de juros pode, segundo o Safra, beneficiar os resultados dos bancos no médio prazo, “uma vez que eles devem reavaliar seus produtos de empréstimo, aumentar a remuneração de sua própria base de capital e melhorar os resultados financeiros de seguros”.
O Safra pontua, no entanto, que os resultados podem ser pressionados pela renda líquida com juros.
Mais especificamente, o Safra afirma: “O BTG continua com um caso de investimento muito atraente, baseado no vento favorável do crescente mercado de capitais brasileiros, mas também uma boa execução em empréstimos corporativos e plataforma de investimento."
Outros pontos que jogam a favor do BTG, na visão do Safra, são sua posição de liderança em investment banking na América Latina, a recuperação do mercado de capitais brasileiro, a possibilidade de aumentar a presença no segmento de varejo de alta renda, a diversificação dos negócios, o modelo mais baseado em taxas de serviço, o rápido crescimento da plataforma digital e a remuneração agressiva.
Os principais riscos para a performance da ação, por outro lado, são riscos na reputação, impacto macroeconômico, mudanças regulatórias, concorrência dos bancos digitais e a ascensão das fintechs.