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NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica subiram nesta sexta-feira, voltando ao pico de três meses e meio registrado na sessão anterior na bolsa ICE, com o mercado com suporte da interrupção do comércio global causada pela imposição pelos EUA de uma tarifa de 50% sobre as importações do Brasil.
CAFÉ
* Os contratos futuros do café arábica subiram 2,3%, a US$3,861 por libra-peso, voltando a subir em direção à máxima de US$3,9130 registrada na quinta-feira.
* O arábica subiu 2% esta semana e avançou 34% nas últimas quatro semanas.
* Os preços foram sustentados por compras especulativas, tendo como pano de fundo a queda nos estoques da bolsa, enquanto os torrefadores dos EUA lutam para garantir o abastecimento.
* "Embora a alta dos preços do robusta e do arábica possa ter se desacelerado, não se pode descartar novos aumentos de preços no curto prazo. A atividade especulativa continua influente em um ambiente de baixo estoque e baixa liquidez", disse o Rabobank em uma nota.
* Os participantes do mercado disseram em uma pesquisa da Reuters que os preços poderiam cair no final do ano, apesar das tarifas, se as perspectivas de melhor produção no Brasil e no Vietnã se confirmarem.
* Os contratos futuros do café robusta tiveram pouca alteração, a US$4.815 por tonelada métrica.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto recuou 0,11 centavo, ou 0,7%, a 16,37 centavos de dólar por libra-peso. Ele caiu 0,7% na semana.
* A produção de açúcar na região centro-sul do Brasil aumentou 15,96% na primeira quinzena de agosto em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 3,62 milhões de toneladas métricas, informou a associação Unica nesta sexta-feira.
* A Raízen, fabricante brasileira de açúcar e etanol, vendeu mais duas usinas enquanto tenta levantar dinheiro para reduzir sua dívida.
* O açúcar branco foi pouco alterado, fechando a US$ 492,70 por tonelada.
* A Organização Internacional do Açúcar espera que o déficit de oferta da temporada 2025/26 diminua acentuadamente, impulsionado por um aumento na produção global, informou na sexta-feira.
* O órgão intergovernamental projetou que haveria um déficit de apenas 231.000 toneladas métricas, abaixo dos 4,88 milhões da temporada atual.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)