Para encarar mais um mês de incertezas com o coronavírus, a Capital Research promoveu duas mudanças na sua carteira recomendada de ações em relação a fevereiro: saem Engie (EGIE3) e IRB Brasil (IRBR3) e entram Equatorial (EQTL3) e Fleury (FLRY3).
Samuel Torres e Felipe Silveira, que assinam o relatório, listam os momentos que devem impactar as bolsas em março. Um deles será o dia 18, quando o FOMC e o Copom promoverão reuniões para decidir a taxa básica de juros dos EUA e do Brasil, respectivamente.
O problema, segundo a Capital Research, é que não há pistas sobre o que as autoridades monetárias americanas e brasileiras farão – e falta de visibilidade é um dos grandes fantasmas de qualquer investidor.
Escolhas
Ao tratar de suas escolhas para março, a dupla de analistas argumenta que a Equatorial ainda pode gerar bastante valor para os acionistas, a partir dos projetos em desenvolvimento no mercado de transmissão de energia. “É lá que vemos o ‘mato ainda alto’, com elevado potencial de ganhos de eficiência”, dizem.
O Fleury foi incluído pelo seu crescimento orgânico e histórico recente de aquisições, que aceleraram a empresa. A Capital Research acredita que o laboratório continuará comprando rivais, já que seu nível de endividamento ainda é “bastante confortável”, com a relação dívida líquida/Ebitda em 1 vez.
Em fevereiro, a carteira recomendada da instituição apresentou queda de 8,5%, ante 8,4% do Ibovespa.