O Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil reportou prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023. Com isso, reverteu a cifra positiva em R$ 421 milhões apresentada um ano antes. Trata-se do primeiro prejuízo registrado pela companhia desde o IPO, em 2017.
Já o Ebitda ajustado consolidado caiu 16,8% em relação a igual intervalo de 2022, para R$ 1,038 bilhão. Excluindo o Grupo BIG, a cifra ficou em R$ 1,254 bilhão, avanço anual de 0,6%.
A margem Ebitda ajustada foi de 4,3%, diminuição de 2,3 pontos porcentuais que reflete o impacto da integração do Grupo BIG, as despesas de conversão e o ramp-up de vendas das lojas convertidas, segundo o release de resultados.
As vendas líquidas somaram R$ 24,385 bilhões, o que significou um avanço de 29,4% ante o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas brutas atingiram R$ 27,1 bilhões, 30,7% acima. O resultado é fruto da combinação do crescimento LfL de 5,7% no Atacadão (6,5% com impacto de calendário), 5,7% Crescimento LfL ex-gasolina no Carrefour Varejo (6,3% com impacto calendário), expansão orgânica em Cash and Carry (+3,9%) e integração do Grupo BIG, que representou 17,3% do crescimento total (incluindo efeito de conversão).
Já o GMV chegou a R$ 1,6 bilhão, crescimento de 43% na mesma base comparativa. O resultado foi impulsionado tanto pela categoria alimentar - destaque para o desempenho do Carrefour 1P com crescimento anual de 83% - quanto pela categoria de não alimentar, que cresceu em 24%, segundo a companhia.
Banco
O faturamento do Banco Carrefour totalizou R$ 13,7 bilhões entre janeiro e março, alta de 14,8% ano contra ano, devido ao desempenho de dois dígitos no cartão Carrefour (+10,6%) e no cartão Atacadão (+17,8%), impulsionado pelo aceleração na integração do Grupo BIG.
O release aponta que a postura mais conservadora de concessão de crédito levou a uma melhora no índice Over 30 (BACEN) de 0,4 p.p. Na comparação anual (16,7% no primeiro trimestre de 2023), O Over 90 (BACEN) piorou 0,9 p.p. e 0,2 p.p na comparação trimestral, atingindo 13,2% nos três primeiros meses do ano.
"Historicamente, a sazonalidade tem um impacto importante nos índices de inadimplência do primeiro trimestre e foi considerada em nosso plano de negócios", diz o documento.