Investing.com - A Cemig afunda no pior resultado do dia do Ibovespa após a decisão do STF de revogar liminar que mantinha a companhia como operadora de Jaguará.
O papel preferencial (SA:CMIG4) recua mais de 8% no terceiro pregão consecutivo de tombo da elétrica na bolsa brasileira. Desde o final da semana passada, a ação acumula desvalorização de 20%.
A decisão do ministro Dias Toffoli suspende os efeitos da liminar que concedeu no fim de 2015 e mantinha a Cemig como operadora da usina nas mesmas condições do contrato de concessão, encerrado em 2013.
A Cemig possui ainda disputas semelhantes envolvendo a extensão do contrato de concessão de outras hidrelétricas, como Miranda, Volta Grande e São Simão. A empresa acredita que possui o direito de renovar a concessão dessas unidades, que correspondem a 40% do seu parque de geração.
Na semana passada, a imprensa noticiou o interesse da companhia em negociar a concessão com investidores privados, em operação de cerca de R$ 6 bilhões.
A disputa com a União começou em 2012 com a tentativa do governo de reduzir o custo da energia com a renovação antecipada dos contratos de concessão. À época, as estatais estaduais controladas pelo PSDB, Copel (SA:CPLE6), Cemig e Cesp (SA:CESP6), não toparam as condições propostas pelo governo Dilma Rousseff.