Investing.com – As ações da Cemig (BVMF:CMIG4) já eram consideradas com preço justo pelo BTG (BVMF:BPAC11), que prefere outros nomes no setor de energia, incluindo Energisa (BVMF:ENGI11), Copel (BVMF:CPLE6) e Equatorial (BVMF:EQTL3). Mesmo com as ações despencando após notícias de que a companhia poderia ser federalizada, o banco ainda não recomenda os papéis e ainda enxerga riscos adicionais caso a medida se concretize.
Em relatório enviado aos clientes e ao mercado chamado “Sonhos despedaçados?”, o banco detalha as implicações das tentativas de apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco, para um plano de federalização estadual.
Assim, plano de federalização de empresas de Minas Gerais (MG), incluindo Cemig (energia), Copasa (BVMF:CSMG3) (saneamento) e Codemig (mineração), ajudariam a reduzir a dívida de R$ 160 bilhões do estado com o governo federal.
Os analistas Joao Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende questionam se essa seria a única saída, ao recordar que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defende uma agenda mais liberal, com privatização de estatais.
“Vale lembrar que no final de agosto Zema apresentou à Assembleia Legislativa do Estado (ALMG) um projeto de lei para facilitar a privatização de empresas estatais. No entanto, parece que devido a questões políticas resistência na ALMG, o plano de federalização era a única saída previsível os problemas fiscais do estado”, lamentam os analistas.
Os analistas apontam ainda que o ruído pode ser benéfico para a Eletrobras (BVMF:ELET3), na medida em que a atenção se volta para a concessionária Cemig.
Às 10h56 (de Brasília), as ações preferenciais da Cemig recuavam 1,41%, a R$11,17.