SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica estatal mineira Cemig (SA:CMIG4) tem planos de reduzir significativamente o peso de sua dívida nos próximos anos, ao mesmo tempo em que promove um robusto programa de investimentos em sua unidade de distribuição de energia, a Cemig-D, que deverá realizar aportes de 6,458 bilhões de reais até 2023.
Em apresentação a investidores nesta quarta-feira, a Cemig disse que tem uma meta de reduzir a alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e a geração de caixa societária, para 1,94 vez em 2020, contra 3,48 vezes em 2018, de acordo com documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os valores foram divulgados durante evento da companhia com investidores em Belo Horizonte, no qual a elétrica projetou ainda investimentos de 1,87 bilhão de reais até 2023 em sua unidade de geração e transmissão de energia, Cemig GT.
Já a Cemig como um todo deverá registrar em 2019 uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 4,5 bilhões a 4,9 bilhões de reais neste ano, contra 3,9 bilhões de reais em 2018.
Em 2020, a empresa vê um Ebitda entre 4,8 bilhões e 5,2 bilhões e de entre 5,1 e 5,5 bilhões em 2021. Em 2022, a projeção é de entre 5,5 bilhões e 5,9 bilhões, enquanto em 2023 a companhia prevê geração de caixa entre 5,78 bilhões e 6,195 bilhões de reais.
(Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)