FRANKFURT (Reuters) - O presidente-executivo da Siemens, Joe Kaeser, buscou tranquilizar preocupações que a queda nos preços do petróleo impactará o negócio de óleo e gás no qual o grupo alemão de engenharia gastou bilhões de euros.
Kaeser, que assumiu o comando num golpe no Conselho no ano passado, desembolsou 7,6 bilhões de dólares em setembro para comprar a fabricante norte-americana de equipamentos para campos de petróleo Dresser-Rand, pagando um preço relativamente alto para fortalecer a presença do grupo na indústria de gás e em óleo de xisto nos Estados Unidos.
"Claro que novos negócios podem ser afetados caso os preços do petróleo continuem a cair", disse Kaeser em uma conferência com investidores nesta terça-feira. No entanto, ele acrescentou que a queda nos preços deve aumentar a demanda por serviços com margens altas à medida que clientes buscam cortar custos.
Os preços do petróleo caíram para mínimas de cinco anos e a expectativa é de que bilhões de dólares em projetos de exploração de petróleo e gás devem ser suspensos nos próximos meses.
A ConocoPhillips disse na segunda-feira que seu orçamento de capital para 2015 será 20 por cento menor que o deste ano, ou cerca de 3 bilhões de dólares, o maior corte de gastos de uma produtora norte-americana de petróleo e gás em termos de dólares.
Kaeser disse que não vai considerar sair do negócio com a Dresser-Rand, o maior da Siemens desde que comprou a Dade Behring em 2007, apesar da queda no preço do petróleo.
"O custo médio de retirar petróleo nos Estados Unidos caiu de 72 dólares (por barril) em 2012 para 57 dólares em 2013, então é possível ver que a produtividade de fornecedoras de serviços de petróleo e gás ajuda muito companhias a reduzir custos", disse ele.
(Por Maria Sheahan)