Semanas antes da Didi Global (NYSE:DIDI) realizar sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações, o órgão regulador da segurança cibernética da China sugeriu que a gigante de aplicativos de corrida de carros adiasse seu IPO e pediu uma avaliação interna de sua rede de segurança, segundo fontes ligadas ao assunto. Para a Didi, esperar seria problemático e, na ausência de uma ordem clara para interromper o processo, ela foi adiante.
A empresa enfrentava pressão de investidores para fazer o IPO, após levantar bilhões de dólares de investidores importantes. Ela levantou cerca de US$ 4,4 bilhões no IPO, na maior operação do tipo para uma companhia chinesa desde o IPO do Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) em 2014.
Em Pequim, autoridades, sobretudo da Administração do Ciberespaço da China, seguiam temerosos sobre o risco de que os dados de que a companhia dispunha pudessem passar a mãos estrangeiras, disseram fontes. Os papéis da Didi em Nova York começaram a ser negociados na quarta-feira. Na sexta-feira, o regulador do ciberespaço começou sua própria revisão do setor na Didi e bloqueou o aplicativo da companhia de receber novos usuários. No domingo, determinou que as lojas de aplicativos retirassem o da Didi de circulação.