Por Brenda Goh e David Stanway
XANGAI (Reuters) - A China reprimiu o que descreveu como uma cultura "caótica" de adoração a celebridades nesta sexta-feira, impedindo plataformas de publicarem listas de popularidade e regulamentando a venda de produtos para fãs depois de uma série de polêmicas envolvendo artistas.
A principal agência regulatória da internet do país disse que agirá contra a disseminação de "informação danosa" em grupos de fãs de celebridades e que fechará canais de debate que espalham escândalos de celebridades ou "provocam confusão".
As plataformas não poderão mais publicar listas de indivíduos célebres, e os grupos de fãs precisam ser regulamentados, disse a agência.
A agência regulatória da internet também está proibindo programas de variedade de cobrarem fãs para votar online em seus artistas favoritos e se pronunciou contra cortejar internautas para que comprem produtos de celebridades.
As agências regulatórias precisam "aumentar sua noção de responsabilidade, missão e urgência para manter a segurança política e ideológica virtual", disse a Administração do Ciberespaço da China (CAC) em um comunicado.
A China tem regras rígidas para conteúdos que vão de videogames a filmes e música, e censura tudo que acredita violar valores socialistas centrais. A repressão à cultura de adoração de celebridades também surge em meio a uma ampla campanha regulatória contra as gigantes de internet do país.
Segundo projeção do jornal The Paper, a "economia de ídolos" dos grupos virtuais de fãs pode valer o equivalente a 21,59 bilhões de dólares até 2022.
(Reportagem adicional de Sophie Yu)