Investing.com - A Economatica divulgou nesta terça-feira um estudo sobre o crescimento da receita líquida operacional das empresas de capital aberto ajustadas pela inflação. Os primeiros seis meses do ano tiveram o maior avanço desde 2010, com 5,82%, na comparação com o mesmo semestre de 2018.
Na amostra anual, foram utilizados os dados do IPCA de 2003 até junho de 2019, sendo este último com valores do primeiro semestre com relação ao mesmo período de 2018.
O levantamento aponta que as empresas de capital aberto brasileiras registraram crescimento da receita ajustada pelo IPCA em 15 das 17 amostras. Entre os anos de 2015 e 2016, foi registrada queda na receita, sendo que a maior aconteceu em 2016, quando recuou 6,90%.
Já o melhor momento foi registrado no ano de 2010, com crescimento acima da inflação de 10,4%.
O estudo mostra que nos últimos três anos, as companhias tiveram crescimento contínuo e crescente das receitas, sendo em 2017 de 3,32%, em 2018 de 4,42% e no primeiro semestre de 2019 com relação ao mesmo período de 2018 o crescimento é de 5,82%, que é o melhor resultado desde 2010.
Trimestral com receita anualziada
Para a amostra, a Economatica considera as receitas anualizadas em cada trimestre (soma da receita dos quatro últimos trimestres) com valores ajustados pelo IPCA, também levando em consideração a variação com relação ao trimestre anterior com valores ajustados pelo IPCA
Nos 38 trimestres que foram avaliados pela consultoria, em 14 o resultado foi de queda. O terceiro trimestre de 2010 teve o melhor resultado, com alta de 3,35%, sendo o pior no quarto trimestre de 2015, queda de 2,78%.
De junho de 2017 até junho de 2019 foi registrado somente um resultado negativo, que foi no segundo trimestre de 2018 com queda de -0,05%.
Base de 12 meses receitas trimestrais
Em 12 dos 38 trimestres analisados, foram registradas queda da receita líquida ajustada pelo IPCA. O melhor trimestre foi o segundo de 2010 com crescimento de 12,43% com relação ao mesmo período de 2009. Já o pior resultado foi registrado no quarto trimestre de 2015 com queda de 9,77% com relação ao mesmo período de 2014.
Nos últimos dois anos (desde junho de 2017) a mediana do crescimento é positiva e o melhor momento da série é no quarto trimestre de 2017 com 6,22%. Em junho de 2019, as empresas tiveram na mediana um crescimento de 4,64%.
A amostra leva em consideração o crescimento de 12 meses das receitas trimestrais das empresas de capital aberto brasileiras.
Metodologia
A Economatica calcula a mediana do crescimento da receita líquida operacional ajustada pela inflação medida pelo IPCA das empresas de capital aberto brasileiras em três amostras: crescimento anual, crescimento de receitas anualizadas em relação ao trimestre anterior e crescimento de receitas de cada trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
As amostras são variáveis porque em cada data se consideram todas as empresas presentes em cada janela analisada, assim, empresas que fecharam capital ou que entraram no mercado em data posterior ao início do levantamento fazem parte da amostra no período em que elas existem, portanto, a amostra é variável no tempo.