Investing.com - Ao lado da Gol (SA:GOLL4), as ações da Cielo (SA:CIEL3) lideram as perdas do Ibovespa na manhã desta segunda-feira, perdendo 2,44% a R$ 9,21. Na sexta-feira no final da tarde, o presidente do Bradesco (SA:BBDC4), Octávio de Lazari, descartou planos de fechar o capital da companhia, empresa que controla em sociedade com o Banco do Brasil (SA:BBAS3).
“Não vamos fechar o capital da Cielo”, disse o executivo nesta sexta-feira em encontro anual com jornalistas.
Maior empresa de meios de pagamentos eletrônicos do país, com quase metade de participação do mercado, a Cielo tem sofrido os efeitos da rápida multiplicação de concorrentes no setor, o que tem assustado investidores. Só neste ano, a ação da companhia já caiu quase 60 por cento na bolsa paulista.
Uma das respostas da Cielo ao aumento da concorrência foi começar neste ano a vender terminais de pagamentos com as bandeiras de BB e Bradesco nas agências dos próprios bancos. No Bradesco, já foram vendidos 370 mil desses equipamentos, disse De Lazari.
Segundo executivos do Bradesco, a atual precificação da Cielo no mercado não reflete corretamente o poder da companhia de gerar valor aos acionistas. Ainda assim, o banco considera que é melhor a Cielo seguir como empresa listada, em parte porque o capital que o banco dispenderia numa recompra pode ser usado de melhores maneiras para gerar retorno aos acionistas.
Uma delas é ampliar as operações de crédito, num momento em que a economia brasileira ganha tração. A expectativa do Bradesco é que o estoque de empréstimos do setor financeiro no país, tanto para empresas quanto para pessoas, evolua ao redor de 10 por cento em 2019.
"Essa recuperação da economia pode nos ajudar a sustentar nossos níveis de rentabilidade", disse De Lazari. No terceiro trimestre, o banco teve retorno anualizado sobre o patrimônio líquido de 19 por cento.