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Com foco no BC, Ibovespa fecha em baixa de 0,66%, a 122.202,47 pontos

Publicado 10.08.2021, 14:44
Atualizado 10.08.2021, 18:10
© Reuters.  Com foco no BC, Ibovespa fecha em baixa de 0,66%, a 122.202,47 pontos

O Ibovespa esboçou pela manhã engrenar o terceiro dia de recuperação moderada, mas perdeu fôlego à tarde, em meio ao reforço da percepção de que o BC está atrás da curva, correndo contra o tempo para fazer com que a inflação de 2022 possa convergir para a meta. Ao fim, tendo renovado mínima do dia a 122.061,47 pontos após participação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, em evento do Goldman Sachs, o Ibovespa mostrava perda de 0,66%, aos 122.202,47 pontos, saindo de máxima a 123.512,77, com abertura a 123.021,24 pontos. Moderado, o giro foi de R$ 26,8 bilhões nesta terça-feira.

No mês, o Ibovespa avança 0,33%, acumulando ganho de 2,68% no ano e cedendo 0,49% na semana.

Em Nova York, o dia foi misto, com o Nasdaq (-0,49%) devolvendo os leves ganhos de segunda-feira, quando havia se descolado de Dow Jones e S&P 500, que vinham então de recordes de fechamento - nesta terça, os índices blue chip e amplo de Nova York subiram, respectivamente, 0,46% e 0,10%, no dia em que o Senado americano aprovou aguardado pacote trilionário para investimentos em infraestrutura.

"O viés está otimista no mercado internacional, com Europa também renovando recordes e petróleo em recuperação. A ata do Copom, pela manhã, trouxe preocupações do Banco Central com o risco fiscal e com a persistência do cenário de inflação ao consumidor, frente a incertezas com relação à crise energética, um ponto bastante relevante. Vem mais alta para a Selic, com sinalização para taxa de juros acima do patamar neutro", diz Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

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"Pela manhã, o Ibovespa brigou ali na região dos 123 mil pontos (perdida ainda no começo da tarde), perto da estabilidade. O tom mais 'hawkish' na ata do Copom chamou a atenção, assim como o compromisso com o controle da inflação. Apertos seguidos serão necessários para levar a taxa de juros acima do patamar considerado neutro para que, assim, as projeções de inflação fiquem na meta. O IPCA, acima do esperado tanto no mensal como no anual, alinha-se ao discurso do BC", observa Stefany Oliveira, analista da Toro Investimentos.

No exterior, o Brent chegou a retomar o nível de R$ 71 por barril durante a sessão, em alta então na casa de 3%, o que favoreceu desempenho levemente positivo de Petrobras (SA:PETR4) (ON +0,03%, PN +0,32%) no fechamento, em dia no qual Vale ON (SA:VALE3) (+0,96%) e siderurgia (Gerdau (SA:GGBR4) PN +2,52%, Usiminas (SA:USIM5) PNA +2,70%), mesmo com os preços do minério em mínimas de mais de quatro meses na China (em baixa pela quinta sessão), contribuíam para contrabalançar o efeito negativo das ações de bancos (BB (SA:BBAS3) ON -2,54%, Santander (SA:SANB11) -2,24%, Itaú (SA:ITUB4) PN -1,89%). Na ponta negativa do Ibovespa, Iguatemi (SA:IGTA3) cedeu 3,74%, à frente de Eneva (SA:ENEV3) (-3,35%), CCR (SA:CCRO3) (-2,89%) e Lojas Americanas (SA:LAME4) (-2,73%). No lado oposto, PetroRio (SA:PRIO3) subiu 6,48%, Embraer (SA:EMBR3), 3,27%, e Usiminas, 2,70%.

"O mercado aqui destoou hoje do internacional, com Europa positiva e recuperação vista também na Ásia, em que os resultados corporativos têm ficado acima das estimativas, em sua maioria. Não conseguimos acompanhar o bom humor do exterior, também decorrente do pacote de infraestrutura nos Estados Unidos. Falas e algumas posições do nosso macro voltaram a interferir no mercado. À primeira vista, a questão da reforma tributária, com a declaração do relator na Câmara, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), de que pode ser colocada em votação amanhã ou depois, com algumas alterações, mantém desconforto no mercado, que ainda não conhece a versão final", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

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"A preocupação do Serra (BC) com a inflação também chamou atenção, favorecendo a realização, principalmente em bancos, que vieram de fortes ganhos ontem. Por outro lado, siderurgia subiu hoje muito por conta do pacote nos Estados Unidos, que dá suporte à demanda por aço", acrescenta Moliterno.

Na macroeconomia, o diretor de Política Monetária do Banco Central reconheceu que os dirigentes da instituição estão se surpreendendo a cada ciclo de decisões do Copom com os condicionantes da inflação. Em evento promovido pelo Goldman Sachs (NYSE:GS) no período da tarde, Serra disse que "muita coisa mudou" de um ano para cá, entre as quais o retorno do PIB a nível anterior ao da pandemia.

Serra observou que, na virada de 2020 para 2021, o BC e o próprio mercado financeiro imaginavam que o hiato do produto continuaria aberto "por muito tempo", o que "não se materializou". "Vimos o hiato de produto se fechando rapidamente e vimos que juro a 2% não fazia mais sentido", acrescentou o diretor de política monetária, em referência à Selic, que permaneceu neste patamar até março.

Nesta terça, com o IPCA pressionado a quase 9% em julho no acumulado em 12 meses, maior nível desde maio de 2016, diversas instituições financeiras, entre as quais Bank of America e Barclays (LON:BARC), revisaram para cima as estimativas de inflação para este e em alguns casos para o próximo ano, apesar de o Copom ter sinalizado, na ata desta manhã, viés "hawkish", o que inclui novo aumento de 1 ponto porcentual na Selic em setembro. O IPCA a 0,96% em julho, maior nível para o mês desde 2002, pressionado em especial pelas tarifas de energia elétrica, veio no mesmo dia em que a ata.

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