Investing.com - As ações da Brasil Agro (SA:AGRO3) seguiam negociadas com importante valorização de 2,52% a R$ 17,08, por volta das 15h05 da tarde desta terça na bolsa paulista. Os papéis, que chegaram a ser negociados a uma máxima de R$ 17,30 (alta de 3,84%), reagem de forma positiva à notícia de que a companhia vendeu uma área total de 1.134 hectares (893 hectares úteis) da Fazenda Jatobá. O valor da venda é de 302 sacas de soja por hectare útil ou R$ 23,2 milhões (cerca de R$25.961/ha útil).
O comprador já realizou pagamento inicial no valor de R$ 2,6 milhões. O saldo remanescente, equivalente a 232.000 sacas de soja, será pago em seis parcelas anuais.
A propriedade rural localizada no Município de Jaborandi (BA) foi adquirida em 2007 e possuía uma área total de 31.606 hectares, dos quais foram vendidos 625 hectares em julho de 2017, 9.784 hectares em junho de 2018 e 3.124 hectares em junho de 2019, restando 16.939 hectares no portfólio após as quatro vendas.
De acordo com a companhia, foram investidos em média R$4.236/ha útil na aquisição e desenvolvimento desta Fazenda. Sendo assim, a venda representa uma valorização de 6,1x em valores nominais.
Do ponto de vista contábil, o valor desta área da fazenda nos livros da companhia é de R$1,7 milhão (aquisição + investimentos líquidos de depreciação) e tem uma TIR (Taxa Interna de Retorno) esperada em Reais de 14,7%.
Ainda de acordo com a BrasilAgro, a venda se insere na estratégia de negócios, que objetiva, além de ganhos com produção agrícola, a realização de ganhos de capital com a venda das propriedades.
Venda anterior
Em julho, a BrasilAgro já havia realizado a venda de 3.124 hectares (2.473 hectares úteis) da Fazenda Jatobá, por um valor de 285 sacas de soja por hectare útil ou R$58,1 milhões (aproximadamente R$23,5 mil/ha útil).
Até a ocasião, já havia sido investido uma média de R$4.195/ha útil na aquisição e desenvolvimento da propriedade, representando uma valorização de 5,6x em valores nominais. Do ponto de vista contábil, o valor desta área da Fazenda nos livros da companhia era de R$8,8 milhões (aquisição + investimentos líquidos de depreciação) e tem uma TIR (Taxa Interna de Retorno) esperada em Reais de 13,8%.