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Correios: PL prevê parcerias com iniciativa privada por meio de concessões

Publicado 25.02.2021, 07:10
© Reuters Correios: PL prevê parcerias com iniciativa privada por meio de concessões

O projeto de lei que abre caminho para a desestatização dos Correios permite que a iniciativa privada se alie na prestação dos serviços postais por meio de contratos de concessão comum ou patrocinada, fechados com o poder público. No modelo patrocinado, existe uma contraprestação financeira do governo ao parceiro privado. Ou seja, os recursos que entram no negócio não dependem só da cobrança de tarifa. A proposta entregue nesta quarta-feira, 24, pelo Executivo ao Congresso quebra o monopólio dos Correios ao permitir que suas atividades sejam prestadas por empresas privadas.

O texto, divulgado pelo Planalto, estabelece que a União é obrigada a manter o serviço postal em todo o território, de modo contínuo e com modicidade de preço. Para isso, os serviços poderão ser prestados por empresa estatal - no caso, os Correios -, e por meio dos contratos de concessão - patrocinada ou não.

"A União deverá garantir a prestação do serviço postal universal por meio de empresa estatal, desde que já existente na data de publicação desta Lei; ou celebração de contratos de concessão comum ou patrocinada. As modalidades previstas no caput poderão ser utilizadas de forma cumulativa", prevê o projeto.

O desenho criado pelo governo busca garantir que a cobertura realizada hoje pelos Correios não seja reduzida com as mudanças. Para isso, o operador que assumir atividades postais deverá cumprir com uma série de obrigações. Entre elas estão atender metas de universalização e qualidade, disponibilizar informação aos usuários sobre prazos de entrega, indenizações e preços, e prestar os serviços de forma ininterrupta, sem paralisações injustificadas, entre outros pontos.

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As empresas vão responder a um órgão regulador, missão que será assumida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela deverá ser alimentada com relatórios financeiros e indicadores de qualidade e eficiência pelos operadores, que devem divulgar com transparência os valores cobrados e descontos praticados em suas atividades. A exploração dos serviços pela iniciativa privada deve garantir, segundo o projeto, a diversidade de serviços, o incremento de sua oferta e qualidade, a competição livre e respeito ao direito dos usuários, por exemplo.

Segundo a proposta, os Correios terão exclusividade por no máximo cinco anos sobre as atividades de atendimento e distribuição de carta e cartão postal, de correspondência agrupada, além do serviço público de telegrama. Essa condição ainda pode ser restringida por ato do Executivo. Além disso, o governo fica autorizado a repassar esses serviços à iniciativa privada por concessão em caráter de exclusividade, inclusive segregada por região, com o fim de garantir a prestação do serviço universal.

O Estadão/Broadcast antecipou em entrevista publicada em outubro com a secretária do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Martha Seillier, as premissas do projeto. Na ocasião, a secretária citou a possibilidade de a abertura dos Correios contar com divisões de concessão por região.

Ao fim, a proposta pretende abrir um cardápio de opções para o futuro dos serviços postais, sem cravar desde já o que será escolhido pelo governo. O martelo só será batido após a conclusão dos estudos econômicos e setoriais, como o que é tocado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Futuro da estatal

O projeto de lei autoriza o governo a promover a transformação dos Correios em uma sociedade de economia mista. Hoje a estatal é uma empresa pública, 100% nas mãos da União. Com essa alteração, o Executivo poderá desenhar qual será a estrutura futura dos Correios. Segundo o Ministério das Comunicações, entre as possibilidades estão a venda direta, a venda do controle majoritário ou de apenas parte da empresa, por exemplo.

Para avançar nisso, a proposta precisa ser aprovada pelo Congresso. Assim, o governo poderá incluir os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND), já com a proposta de modelagem para a desestatização.

Objetivos

Na visão do governo, a aprovação do projeto vai reverter em aumento da qualidade dos serviços postais, garantia de um atendimento universalizado, ampliação dos investimentos privados no setor, além de facultar a privatização da empresa.

Para o Executivo, a necessidade de a iniciativa privada entrar na área se justifica pela rápida transformação digital do setor, que demanda elevados investimentos para que a empresa permaneça competitiva e melhore a qualidade dos serviços. Para o governo, no entanto, por ser uma empresa pública, a estatal não conta com o dinamismo que o setor precisa atualmente, muito menos tem a União capacidade fiscal para suportar os investimentos por meio de aportes.

Essas dificuldades, aliadas ao alto nível de comprometimento das receitas dos Correios com despesas correntes, podem levar a empresa a uma situação de dependência de recursos do Tesouro Nacional, afirmam técnicos, algo que a equipe econômica busca evitar com o projeto.

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Últimos comentários

Quero ver a iniciativa privada operar em cidades do interior onde não da lucro. Duvido. Só quero ver o nó que a privatização dessa empresa vai dar nas entregas país afora. O que defendo é a abertura de capital e modernização dessa empresa que é essencial para esse país continental.
Monopolio de selo postal. É só esse que existe. Quem vai querer isso? Não existe monopolio de entregas de encomendas. Você manda por qual quiser. Só que correios é mais barato. Privatizando, vai ficar mais caro. Porque empresario quer LUCRO. Só isso vai mudar. Vai custar mais caro.
Igual aconteceu com os serviços de telefonia né 🙄.. é cada âncora que aparece.. por isso o brasil não sai do lugar..Correio é a mesma merda a anos.. se existir a menor chance de uma parceria privada melhorar em algo a qualidade do serviço já valeu a pena .. e se piorar tanto faz né, nada fora do padrão dos correios
pq não coloca Pazzuelo pra comandar os correios , já q o tal senhor é o bambambam da logística??? kkkkk...
Não dá uma idéia dessa cara, você quer ficar sem receber correspondência? Ou receber a do vizinho?
Boa! Milico não ser para nada...
pq não coloca Pazzuelo pra comandar os correios , já q o tal senhor é o bambambam da logística??? kkkkk...
pega essa magalu
Esse desoverno de esquerda não privatiza nem o Ceagespe. Só se.interessa por Rachadinha e eleição. Uma fraude! #Bozolulismo
Você tá dizendo que esse governo é de esquerda? Quem é de direita? O Gengis Khan??
durante esse dias, Paulo Guedes ficou quietinho para nós e falou só para Bolsonaro: "sou representante do mercado, se não enviar projeto de entrega da eletrobras e correios para ao menos uma ser entrega e o serviço ficar mais caro para os brasileiros, eu saiu do governo, e tu sabe que se eu sair do governo você, como um Bos** que é, vai sofrer impeachment"
nesses últimos dias, Paulo Guedes ficou quietinho para nós e falou só para Bolsonaro: "sou representante do mercado, se não enviar projeto de entrega da eletrobras e correios para ao menos uma ser entrega e ficar mais caro o serviço, como a gasolina, eu saiu do governo, e tu sabe que se eu sair do governo, você como bosta que é, vai sofrer impeachment"
Curiosidade. No Paraguai também não temos Correios. tenta mandar uma correspondência pra cá?
o Governo quer vender , AGORA, uma coisa que está deteriorando ( apodrecendo ) e perto da extinção  !! Porque não o fez a uns 5 anos atrás ??????  Com o crescimento dos meios digitais de comunicação e na mão a iniciativa privada vai é entrar numa fria se comprar  !! Eu não entro numa IPO dessa fhorra nem que a vaca tussa  !!
Eu poderia até concordar com vc, mas aí seriam dois falando besteira!
A ECT é logística e capilaridade. Esta em todos os lugares e pode vender o que quizer. 😉
Mercado Livre e Amazon certamente entrarão nessa briga!
Vamo MGLU3!!!
está bom esse modelo concessão
Se a MGLU comprar a concessão de distribuição ela irá aos 100 novamente!
E já mostrou interesse!
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