MOSCOU (Reuters) - A corrida para explorar e desenvolver os recursos na Lua começou e a Rússia deve continuar participando apesar do fracasso de sua primeira missão lunar em 47 anos, disse o chefe da agência espacial russa, a Roskosmos, nesta segunda-feira.
A nave espacial russa Luna-25 saiu do controle e caiu na Lua no sábado após um problema na preparação para a órbita pré-pouso, ressaltando o declínio pós-soviético de um outrora poderoso programa espacial.
O chefe da Roskosmos, Yury Borisov, parecendo desanimado durante uma entrevista com a estação de TV estatal Russia-24, disse que é do interesse nacional da Rússia permanecer comprometido com a exploração lunar.
"Não se trata apenas do prestígio do país e da conquista de alguns objetivos geopolíticos. Trata-se de garantir capacidades defensivas e alcançar a soberania tecnológica", disse Borisov, em seus primeiros comentários públicos após a missão fracassada.
"Hoje também tem um valor prático porque, é claro, a corrida pelo desenvolvimento dos recursos naturais lunares começou. E, no futuro, a Lua se tornará uma plataforma para a exploração do espaço profundo, uma plataforma ideal."
A Rússia disse que lançará novas missões lunares e, em seguida, explorará a possibilidade de uma missão tripulada conjunta Rússia-China e até mesmo uma base lunar.
A Nasa, dos Estados Unidos, já falou sobre uma "corrida do ouro lunar" e sobre o potencial da mineração no satélite natural da Terra.
(Reportagem de Vladimir Soldatkin)