A CPFL Energia (BVMF:CPFE3) reportou lucro líquido de R$ 1,247 bilhão no segundo trimestre de 2023, o valor representa uma redução de 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, a empresa obteve lucro líquido de R$ 2,898 bilhões, aumento de 19,5% frente ao apresentado nos seis primeiros meses de 2022.
Segundo a companhia, o resultado no trimestre encerrado em junho foi impactado, principalmente, pela menor atualização monetária de ativos regulatórios. No período, o segmento de distribuição foi o único com redução no Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que entre abril e junho, teve queda 2,4% ante o reportado no mesmo período do ano passado, fechando o trimestre em R$ 1,804 bilhão.
O Ebitda consolidado para o período chegou a R$ 3,054 bilhões, montante 7,2% maior que o verificado nos mesmos meses do ano passado. No segmento de geração, o indicador teve alta de 22,6% diante da boa hidrologia aliada ao desempenho dos ventos "levemente superior" ao registrado um ano antes.
Já em transmissão, o Ebitda obtido entre abril e junho foi de R$ 260 milhões, montante 28,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Segundo o diretor-presidente da CPFL Energia, Gustavo Estrella, o resultado no segmento reflete a reestruturação pelo grupo na Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), desde que assumiu a companhia, que foi privatizada em 2021.
A receita operacional líquida foi de R$ 9,39 bilhões, montante 0,7% maior que o registrado no mesmo período de 2022.
Dívida e alavancagem
A empresa encerrou o semestre com dívida líquida de R$ 23,2 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 1,72 vez. Segundo Estrella, o indicador está "bem abaixo" do covenant financeiro da companhia, de 3,75 vezes, o que, segundo ele, dá espaço para financiar novos investimentos.