ZURIQUE (Reuters) - O Credit Suisse divulgou planos para levantar 6 bilhões de francos suíços (6,3 bilhões de dólares) em capital junto a investidores, em um plano em que o novo presidente-executivo, Tidjane Thiam, pretende promover a maior reestruturação da instituição em quase uma década.
O plano inclui a transferência de 1.800 empregos para fora de Londres por causa dos custos elevados da cidade, afirmou o executivo nesta quarta-feira. Thiam afirmou ainda que pretende reduzir a equipe do banco na Suíça em um total líquido de 1.600 posições nos próximos três anos.
O Credit Suisse está enfatizando a área de administração de fortunas e crescimento na Ásia, enquanto reduz a área de banco de investimentos, ecoando iniciativas de rivais como UBS e outros bancos para cortar um segmento em que regulações mais rígidas estão pressionando a lucratividade.
Os resultados do terceiro trimestre, os quais Thiam descreveu como "não muito bons", revelaram a necessidade de mudança no banco com sede em Zurique. O lucro antes de impostos do terceiro trimestre caiu 34 por cento, para 861 milhões de francos suíços, na comparação com o mesmo período do ano passado, refletindo principalmente a queda de 8 por cento da receita líquida.
Thiam disse que o Credit Suisse colocará mais foco na administração de fortunas, especialmente nos mercados emergentes, e reduzirá o tamanho de seu banco de investimento, cortando 2 bilhões de francos suíços em custos anuais.
O Credit Suisse pretende levantar 1,35 bilhão de francos suíços com a venda de ações para um grupo de investidores com desconto de 5,5 por cento sobre o preço de fechamento da terça-feira. Mais 4,7 bilhões serão levantados com uma emissão a atuais investidores do banco.
Thiam afirmou que o índice de capital do Credit Suisse deverá subir para 12,2 por cento e que o banco pretende manter este percentual acima de 12 por cento.