Por Dominique Vidalon
PARIS (Reuters) - O Carrefour (PA:CARR) divulgou nesta quinta-feira um desempenho melhor no segundo trimestre, em outro sinal de que a mudança de estratégia do presidente-executivo que está deixando o posto ajudou a reavivar a segunda maior varejista do mundo.
As vendas nos hipermercados na França voltaram a registrar números positivos pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2015, enquanto o restante da Europa, sobretudo Itália e Espanha, tive vendas robustas, e o Carrefour manteve sua perspectiva de crescimento de vendas em 2017.
O diretor financeiro Pierre-Jean Sivignon disse aos analistas que Carrefour ainda vê crescimento das vendas entre 3 e 5 por cento a taxas de câmbio constantes para o ano de 2017
As vendas do grupo no 2º trimestre atingiram 21,759 bilhões de euros, acima da média estimada por analistas de 21,5 bilhões de euros.
Eliminando os efeitos de combustível, câmbio e calendário, a receita cresceu 2,8 por cento na comparação anual, ante crescimento de 1,4 por cento no primeiro trimestre.
Alexandre Bompard, o ex-chefe da varejista francesa Fnac Darty, assume a presidência-executiva do Carrefour no dia 18 de julho, em substituição a Georges Plassat que está no comando desde 2012.
Os investidores querem o novo CEO da Carrefour impulsione o desempenho dos hipermercados franceses, uma tarefa que outros tentaram e falharam, e acompanhe a digitalização do varejo, notadamente após a oferta da Amazon de 13,7 bilhões de dólares para comprar o Whole Foods Market, que alarmou os varejistas de alimentos globais.
Desde que tomou as rédeas em junho de 2012, Plassat liderou uma recuperação focada em cortes de preços, acelerando a expansão de lojas de conveniência e a renovação de lojas.
Sob a liderança de Plassat, o Carrefour avançou na maior parte da Europa e no Brasil, mas sofreu uma queda no lucro no ano passado, derrubado por um mercado francês difícil, onde seus hipermercados enfrentam a concorrência de rivais online e descontos de preços agressivos de concorrentes como a Leclerc.
Na França, que responde por 47 por cento das vendas do grupo, a receita pelo conceito mesmas lojas cresceu 1,9 por cento no trimestre, ante crescimento de 0,5 por cento no primeiro trimestre.
As vendas apenas nos hipermercados franceses aumentaram 0,5 por cento após terem queda de 1,6 por cento no primeiro trimestre, enquanto os supermercados e lojas de conveniência também tiveram um bom desempenho.
Por causa dos planos do Carrefour para listar seus negócios no Brasil na bolsa em 20 de julho, não é permitido divulgar os números para o Brasil, o segundo maior mercado depois da França.
(Por Dominique Vidalon)