Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Os criadores da série policial “Better Call Saul” venceram nesta segunda-feira o processo contra a Liberty Tax Service, que os acusava de difamação e violação de marca registrada, por retratar uma empresa tributária fictícia que aparentemente seria uma versão similar à companhia na vida real. O juiz distrital Paul Gardephe, de Manhattan, decidiu a favor da AMC (NYSE:AMC) Networks e da Sony (NYSE:SONY) Pictures Television sobre a representação da “Sweet Liberty Tax Services”, em episódio veiculado em abril de 2022. Gardephe afirmou que a Liberty Tax não ofereceu fatos “particularmente convincentes” de que os telespectadores confundiriam a Sweet Liberty com um dos seus 2.500 endereços. O episódio em questão, “Carrot and Stick”, mostrava a Sweet Liberty em um trailer no deserto do Novo México, usando uma Estátua da Liberdade inflável e um motivo da bandeira dos EUA, dirigido por Craig e Betsy Kettleman, ex-clientes do advogado Saul Goodman, para mapear restituições de impostos. O juiz afirmou que os réus utilizaram as marcas registradas pela Liberty Tax para avançar na trama, não para fins de marketing ou para prejudicar a empresa. “O uso da imagem comercial do demandante pelos Kettleman é uma apropriação espalhafatosa e ordinária de imagens patrióticas, que realçam sua hipocrisia e a natureza aberrante de seus crimes, coisas que trazem relevância genuína à história”, escreveu o juiz. "Better Call Saul" foi uma prequela de “Breaking Bad” e teve seis temporadas, com fim em agosto de 2022. (Reportagem de Jonathan Stempel em New York)