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O bitcoin e outras criptomoedas voltaram a se valorizar nesta quinta-feira, 17, em linha com as ações dos Estados Unidos, que se recuperaram parcialmente de uma forte queda no pregão de ontem. Depois de perder força em meados de março, chegando à faixa dos US$ 74 mil, o bitcoin permanece preso entre o suporte de US$ 80 mil e a média móvel de 200 dias, localizada em torno de US$ 88 mil.
Por volta das 16 horas (horário de Brasília), o bitcoin subia 1,08%, cotado a US$ 85.043,21. O Ethereum avançava 2,50%, negociado a US$ 1.600,43, segundo dados da Binance.
Na véspera, a maior criptomoeda do mundo chegou a perder 1% com as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Economic Club de Chicago, indicando que, por ora, o banco central americano manterá as taxas de juros nos níveis atuais.
Criptomoedas e outros ativos de risco, geralmente, se valorizam quando as taxas de juros estão baixas - e o contrário também é verdadeiro.
"No curto prazo, o bitcoin e as criptos provavelmente continuarão correlacionados às ações dos EUA, à medida que os mercados reagem à volatilidade das políticas, incluindo mudanças nas tarifas", afirma Dylan Bane, da Messari, uma empresa de pesquisa de dados cripto.
"No longo prazo, tarifas contínuas podem catalisar uma mudança estrutural na economia, levando a um desacoplamento do bitcoin em relação aos ativos tradicionais, à medida que ele ganha reconhecimento como uma reserva de valor independente."
O analista da FXPro, Alex Kuptsikevich, é mais cauteloso, observando que o mercado cripto ainda não superou uma chamada linha de resistência estabelecida após a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro, quando o bitcoin era negociado acima dos US$ 100 mil, em grande parte com a esperança de que o novo presidente impulsionasse o setor.
Desde então, o mercado despencou junto com as ações, em resposta às tarifas impostas por Trump. O Crypto Fear & Greed Index está gradualmente saindo da zona de "medo extremo" e se consolidando na área de "medo", afirma Kuptsikevich. "Esse é um bom sinal de que a correção pode ter terminado, mas ainda não há catalisadores suficientes para uma alta mais robusta."
*Com informações da Dow Jones Newswires