Investsing.com - A Companhia Siderúrgica Nacional está realizando esforços para vender a participação na Usiminas. As informações são da coluna do Broad, publicada no site do Estadão, que informa que os bancos de investimentos Bank of America Merril Lynch e Morgan Stanley estão atuando ativamente na busca de investidores para que o negócio seja feito ainda nesta semana, que seria realizada por uma venda de um “block trade”, ou seja, em um leilão agendado na B3 (SA:BVMF3).
As ações da CSN (SA:CSNA3) são negociadas com alta de 1,61% a R$ 10,11, enquanto os da Usiminas (SA:USIM5) caem 0,10% a R$ 10,13.
Atualmente, a CSN detém 14% das ações com direito a voto da siderúrgica mineira e 20% dos preferencias. A aquisição se deu em 2011 na bolsa de valores. Segundo a publicação, na época, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, buscava uma participação dentro do bloco de controle da Usiminas.
O negócio é mais do que uma oportunidade para a CSN sanear suas finanças. É também uma exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que identificou problemas concorrenciais.
Na última semana, foi divulgado na imprensa que a CSN estaria próxima de fechar um acordo para alongar a dívida de cerca de R$ 14 bilhões com o Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa Econômica Federal. A expectativa era que o negócio fosse fechado nos primeiros dias do ano, mas atrasou e deve ser concluído nos próximos dias.
Recentemente, a CSN publicou seus demonstrativos financeiros auditados, ficando assim em dia com mercado. Outro importante passo dado pela companhia foi o arquivamento do formulário 20-F relativo ao ano de 2016, na SEC, dos Estados Unidos, o que permitiria à siderúrgica acessar o mercado de dívida externo, com emissão de novos bônus.
Segundo a coluna, agora a CSN está negociando a carta de conforto com a Deloitte, necessária após advertência de “deficiências” no controle interno feita pela auditoria no relatório 20-F.
As estimativas, de acordo com a coluna, é que a CSN faça uma capitação no começo de 2018 de cerca de US$ 1 bilhão, para rolar quase US$ 2 bilhões em bônus que vencem em 2019 e 2020. Para ter sucesso, a empresa precisa que nenhuma das agências de classificação de risco rebaixa a nota do Brasil até lá.