Investing.com - A CSN, após o fechamento da sessão de hoje, e a Gerdau, antes da abertura dos mercados de amanhã, vão divulgar o balanço do segundo trimestre de 2018, com perspectivas positivas mesmo diante da greve dos caminhoneiros.
Na espera dos resultados, os papéis da Gerdau (SA:GGBR4) recuam 0,79% a R$ 12,52, com CSN (SA:CSNA3) estável a R$ 9,55.
Para a CSN, o consenso do mercado é de prejuízo líquido por ação de R$ 0,16, contra lucro de R$ 0,14 nos primeiros três meses do ano e prejuízo de R$ 0,49 por ação no mesmo período do ano passado. As receitas devem ficar em R$ 4,82 bilhões, abaixo dos R$ 5,07 bilhões registrados de janeiro a março, e acima dos R$ 4,31 bilhões do segundo trimestre do ano passado.
No caso da Gerdau, o cenário é mais otimista, com o consenso de lucro por ação de R$ 0,14, sendo que nos três primeiros meses do ano o resultado foi de R$ 0,26, e de R$ 0,04 no segundo trimestre do ano passado. Para a receita, o mercado espera R$ 11,59 bilhões, acima dos R$ 10,39 do primeiro trimestre e dos R$ 9,17 bilhões do mesmo trimestre do ano passado.
Para a Coinvalores, ambos os resultados devem denotar impacto da greve dos caminhoneiros neste 2T18, mas, ainda assim a expectativa é positiva, diante da paulatina recuperação da demanda doméstica.
Para Gerdau, a corretora destaca que ainda há o diferencial das exportações, beneficiadas pelo câmbio neste trimestre, e pela recuperação de volume e preços no mercado norte-americano. Já a CSN deve ser favorecida pela ligeira melhora no desempenho de mineração.
A corretora espera que o EBITDA da Gerdau deve atingir cerca de R$ 1,6 bilhão, alta de quase 8% ante o 1T18, enquanto a CSN deve apresentar EBITDA de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, quase 5% maior frente ao trimestre imediatamente anterior, ambos segundo a média das estimativas.
O Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI) espera resultados crescentes para a CSN no trimestre, com volumes estáveis na base trimestral, entretanto compensados por maiores preços em todos os segmentos.
Apesar dos efeitos da greve dos caminhoneiros, a CSN deverá trazer volumes crescentes para o trimestre, especialmente na comparação anual, considerando que a produção não deve ser afetada no trimestre por ter sido compensada durante o período. Com relação a preços, na siderurgia, deverá haver aumento de preços, ainda em resposta aos anúncios do início do ano.
Os custos devem ser afetados pelo aumento dos preços de matérias-primas, frete e pela variação cambial. No segmento de mineração, a produção deverá vir maior t/t devido ao fim da estação chuvosa e melhoras na própria operação, além de maiores volumes de terceiros.
A CSN deverá trazer melhores preços realizados, os quais, juntamente com um dólar mais forte, devem impulsionar as receitas do segmento. Assim, esperamos um EBITDA de R$ 1,414 bilhão, 14% acima t/t e 58% acima a/a.
O BB-BI espera receitas de R$ 5,49 bilhões, alta de 5,4% no trimestre e 27,4% no ano, e margem EBTIDA em 25,8%, +1,3 ponto percentual no trimestre e +5 p.p. no ano.
O BB-BI também espera resultados da Gerdau devam vir positivos com números crescentes, apesar nos efeitos não recorrentes no trimestre. Projetamos crescimento de receita na casa dos 15% a/a (1,7% t/t), em razão principalmente de melhores preços realizados no período.
O volume de vendas deverá ser afetado pela greve especialmente na unidade Brasil, mas também pelos desinvestimentos nas ONs América do Norte e do Sul. A ON Brasil deve trazer resultados em linha t/t, embora acima a/a.
O destaque fica por conta da ON América do Norte que deverá trazer um aumento no EBITDA de 36% t/t e 44% a/a, com uma margem de 8,6%, após períodos de baixa performance. Os volumes deverão ser afetados pela venda da operação na região, como anunciado; entretanto, os preços cresceram no período, o que deve levar a maior receita na unidade.
Os custos devem vir em linha, pois os preços de sucata estabilizaram-se no trimestre. Devemos ver melhores margens, consequentemente. Na ON América do Sul, os volumes vendidos ainda não sofreram o impacto da venda no Chile; assim, esperamos leve crescimento no período.
Já para preços e custos, estes devem seguir as tendências internacionais de alta. Por conseguinte, esperamos menor performance t/t, porém alta a/a. Em relação a Aços Especiais, a Gerdau religou sua planta em Mogi, a qual representa 30% de toda a operação de aços especiais do Brasil.