SÃO PAULO, 23 Ago (Reuters) - O presidente-executivo da CSN (BVMF:CSNA3), Benjamin Steinbruch, afirmou nesta quarta-feira que a empresa não vai fazer uma oferta pelo grupo siderúrgico norte-americano US Steel, uma vez que o ativo é "muito grande" para os interesses da companhia, apesar do objetivo do grupo brasileiro em diversificar negócios nos Estados Unidos.
Steinbruch afirmou à Reuters durante conferência do Santander Brasil (BVMF:SANB11) que a CSN tem interesse em expandir presença nos EUA, mas que a empresa foca em ativos de menor porte.
"Nós não estamos interessados na US Steel. É um ativo muito grande e estamos comprometidos com redução de alavancagem", disse Steinbruch. "Estamos interessados em ativos menores nos Estados Unidos", acrescentou, negando rumores do mercado de que a CSN tenha apresentado uma oferta pela US Steel.
A CSN vendeu uma usina siderúrgica nos EUA em 2018 para a Steel Dynamics por 400 milhões de dólares e ainda mantém uma usina na Alemanha, a Stahlwerk Thüringen (SWT), onde a empresa produz aço longo.
Os EUA são atualmente um destino importante para exportações de aço da CSN, mas isso tem sido limitado pela capacidade da usina siderúrgica da companhia em Volta Redonda, dedicada a atender o mercado interno, e por medidas de limitação às importações de aço pelos EUA tomadas pelo governo do ex-presidente Donald Trump em 2018.
A CSN terminou o segundo trimestre com alavancagem de 2,78 vezes após 1,31 vez um ano antes. A companhia tem meta de reduzir o endividamento para uma relação de 1,75 a 1,95 vez dívida líquida sobre Ebitda.
No começo deste mês, Steinbruch afirmou durante conferência com analistas após a publicação dos resultados do segundo trimestre que a CSN tem como opções um eventual IPO de sua divisão de cimentos e acertar uma parceria para sua unidade de energia elétrica.
(Por Alberto Alerigi Jr.)