RIO DE JANEIRO (Reuters) - A CSN (SA:CSNA3) planeja demitir cerca de 950 funcionários próprios na divisão de mineração em Congonhas, Minas Gerais, devido aos efeitos dos baixos preços do minério de ferro na receita da companhia, afirmou à Reuters nesta segunda-feira o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes, Rafael Ávila.
Além disso, a empresa quer reduzir em 35 por cento os custos com terceirizados, o que o sindicato acredita que irá se refletir em mais demissões. O Metabase não representa os terceirizados, mas calcula que haja cerca de 3 mil atualmente que trabalham para a companhia.
Desde 11 de janeiro, segundo Ávila, já foram desligados da área de mineração da companhia cerca de 230 dos 950 empregados próprios que a empresa planeja demitir. Até aquela data, a empresa tinha em torno de 4.750 funcionários.
As demissões, segundo Ávila, ocorrem na mina Casa de Pedra e na companhia Namisa, controlada pela CSN. Entretanto, segundo o sindicalista, a empresa informou que não haverá corte na produção devido às demissões.
Ávila destacou que a empresa tem dito ao sindicato que os resultados têm sido pressionados pelos preços do minério de ferro. Entretanto, o diretor do Metabase frisou que a companhia pagou nos últimos anos dividendos com valores importantes aos acionistas.
"Não pode ser que com a queda do (preço do) minério queiram descontar nos trabalhadores", afirmou Ávila, à Reuters. "Achamos que isso é um absurdo, não vamos aceitar de forma alguma."
Procurada, a CSN não pode ser contactada imediatamente.
(Por Marta Nogueira)