(Reuters) - Cuba está restringindo o acesso a redes sociais e plataformas de mensagens, como Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), Instagram, WhatsApp e Telegram, desde segunda-feira, disse a NetBlocks, empresa global de monitoramento da internet, nesta terça-feira em meio a protestos contra o governo no país.
Sediada em Londres, a NetBlocks disse em seu site que redes sociais e plataformas de mensagens em Cuba ainda estavam parcialmente paralisadas nesta terça-feira, o que "provavelmente limitará o fluxo de informações de Cuba".
O governo não respondeu de imediato a um pedido de comentário. Tampouco o Telegram e o Facebook Inc , que é proprietário do Instagram e do WhatsApp. A plataforma social Twitter Inc (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) disse que não viu bloqueios em seu serviço.
Milhares de cubanos participaram de manifestações em Havana e Santiago no domingo para protestar conta a crise econômica de Cuba e a maneira como o país lida com a pandemia, e algumas pediram o fim do comunismo.
A chegada da internet móvel dois anos e meio atrás é um dos fatores centrais por trás dos protestos, já que dá aos cubanos uma espécie de plataforma para expressar suas frustrações e permite que se espalhe a notícia rápido quando as pessoas estão nas ruas.
Testemunhas da Reuters na capital disseram nesta terça-feira que ainda estavam sem dados móveis.
Os blecautes da internet móvel aumentaram neste ano. A empresa de monitoramento de rede Kentik disse ter observado o país inteiro ficar desconectado durante menos de 30 minutos perto das 16h de domingo, o auge dos protestos em Havana.
(Por Sarah Marsh, Nelson Acosta e Reuters TV em Havana, Sheila Dang e Elizabeth Culliford em Nova York)